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Luz Saúde convoca assembleia de acionistas para sair de bolsa
Luz Saúde convocou uma assembleia-geral extraordinária para 13 de abril para deliberar sobre a saída de bolsa da empresa, através de proposta de perda da qualidade de sociedade aberta.
Lisboa, 21 mar (Lusa) — A Luz Saúde convocou uma assembleia-geral extraordinária para 13 de abril para deliberar sobre a saída de bolsa da empresa, através de uma proposta de perda da qualidade de sociedade aberta, foi hoje anunciado.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Luz Saúde, dona do Hospital da Luz, convoca os acionistas para “deliberar sobre a perda da qualidade de sociedade aberta (…) e consequente atribuição de poderes a qualquer dos membros do Conselho de Administração da Sociedade para praticar qualquer dos atos necessários ou convenientes à plena execução dessa deliberação”.
Na proposta de deliberação, a Fidelidade, maior acionista da Luz Saúde, refere a “concentração do capital social” nos acionistas Fósun, com 98,788% do capital e direitos de voto, pelo que considera “não se justificar a manutenção do estatuto de sociedade aberta da Luz Saúde, tendo nomeadamente presente os custos e formalidades inerentes a tal estatuto”.
Assim, propõe “proceder-se à deliberação da perda da qualidade de sociedade aberta da sociedade, com a consequente imediata exclusão da negociação em mercado regulamentado das ações da Luz Saúde”.
A Fidelidade lembra que, no caso de a perda da qualidade de sociedade aberta, na assembleia-geral deve ser indicado um acionista que se obrigue a adquirir, no prazo de três meses, as ações das pessoas que não tenham votado favoravelmente a saída de bolsa.
“A Fidelidade considera que a contrapartida de 5,71 euros por ação da Luz Saúde constitui uma contrapartida adequada, incluindo um prémio de 2,77 euros relativamente à cotação média ponderada”, lê-se na proposta.
A deliberação fica, porém, sujeita à condição de “em momento algum do processo de perda da qualidade de sociedade aberta, não vir a ser fixada uma contrapartida mínima (…) superior a 5,75 euros por ação da Luz Saúde, salvo no caso de a Fidelidade vir a aceitar pagar uma eventual contrapartida mais alta que venha a ser fixada no âmbito de tal processo”.
As acções da Luz Saúde fecharam hoje a cair 1,96%, para os três euros.
DF // ARA
Lusa/Fim
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