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1.º Maio: PCP defende aumento geral dos salários e acusa PS de estar ao lado de PSD e CDS
O secretário-geral do PCP defendeu hoje um aumento geral dos salários, considerando “um escândalo” que os funcionários públicos continuem sem aumentos e que 600 euros de salário mínimo “não são aceitáveis” no atual quadro.
Lisboa, 01 mai (Lusa) — O secretário-geral do PCP defendeu hoje um aumento geral dos salários, considerando “um escândalo” que os funcionários públicos continuem sem aumentos e que 600 euros de salário mínimo “não são aceitáveis” no atual quadro.
Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, durante a manifestação do 1.º de Maio da CGTP-IN, acusou o PS de estar ao lado do PSD e do CDS-PP em matéria de legislação laboral, contra as iniciativas do PCP.
Segundo o secretário-geral do PCP, “muitos dos problemas que hoje existem poderiam ser resolvidos e não se resolveram devido a esta convergência PSD e CDS”.
“Há semanas atrás derrotaram iniciativas de grande importância, que são aspiração e reivindicação dos trabalhadores portugueses”, referiu.
Interrogado sobre o valor previsto pelo Governo para o salário mínimo em 2019, o secretário-geral do PCP respondeu que “600 euros não são aceitáveis num quadro em que tem havido tanta desvalorização dos salários dos trabalhadores”.
“Defendemos o aumento geral dos salários, seja no público, seja no privado”, afirmou.
No que respeita à política salarial na Administração Pública, Jerónimo de Sousa disse que os funcionários públicos “há nove anos não levam um cêntimo de aumento”.
“Isso é um escândalo, é inaceitável, tendo em conta que esses trabalhadores perderam poder de compra de uma forma significativa. É da mais elementar justiça que sejam aumentados”, considerou.
De acordo com Jerónimo de Sousa, o descongelamento de carreiras foi “importante, devido à insistência e à proposta do PCP, mas claramente insuficiente”.
“O Governo deve disponibilizar-se a negociar com os sindicatos a possibilidade de um aumento real dos salários da Administração Pública”, reforçou.
IEL // CSJ
Lusa/Fim
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