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Turista esteve em 3 cidades europeias na altura dos ataques terroristas

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No espaço de um ano, Julia Monaco, de Melbourne, na Austrália, já escapou de três atentados terroristas em três cidades europeias por onde viajava: Londres, Paris e, agora, Barcelona.

Julia encontrava-se no interior de uma com duas amigas, quando uma carrinha foi contra as pessoas que passeavam em Las Ramblas, ontem, em Barcelona.

Foi a terceira vez que escapou à morte, desde que começou a viajar pela Europa, há três meses, segundo conta ao site 3AW‘s Neil Mitchell. A jovem australiana refere mesmo que “eles não vão vencer, não me vão impedir de ver o mundo!”

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Em Londres, Julia encontrava-se, também, com um amigo no metro. O metro bloqueou, ao mesmo tempo que, na Ponte de Londres, um atacante investia contra dezenas de pessoas, provocando 7 mortos.

Dias depois, encontrava-se, também, em Paris quando um atacante matou um polícia à porta da famosa Catedral de Notre Dame: “Não quero ir para casa”, refere, em declarações ao mesmo site, acrescentando: “Sinto que quero ficar aqui e nos os deixar – sejam eles quem foram – ganhar. Vou ver o que vim aqui para ver.”

Alana Reader e Julia Rocca, também australianas, estavam com Julia Monaco dentro de uma loja na Plaza de Catalyuna quando viram dezenas de pessoas a correr, tentar salvar as suas vidas. A porta, entretanto, ficou trancada e Julia refere que forma momentos aterradores, quando viu várias pessoas a baterem na porta, para que pudessem entrar e fugir do atentado.

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“De repente, tudo mudou: as pessoas que estavam na rua começaram a correr, a gritar, a entrar em pânico. Fomos impedidas de sair da loja e deram-nos ordens imediatas de nos deitarmos no chão e fugirmos das janelas”, explica.

Quando puderam, finalmente, sair da loja, tiveram de ir direito ao hotel, sem passar junto às ruas que estavam cortadas pela polícia.
“Temos de seguir em frente. Tenho a certeza de que amanhã de manhã a minha mãe vai ligar-me e dizer: ‘vem para casa’. Não vou fazer, porque não vou ficar com medo de viajar”, diz.

Michael Christou, também australiano, estava a cerca de 300 metros do cenário de horror em Las Ramblas e encontrava-se, também, nas redondezas da Ponte de Londres aquando do ataque em junho.

“Parece algo que me persegue. Venho para a Europa e, de certa forma, sei que isso pode acontecer… Mas não me vai impedir de ver o que quero ver!”, confessa, em declarações ao mesmo site.

Também o casal de australianos, Adam James e a mulher, estava em Las Ramblas quando tudo aconteceu. Correram e tiveram, apenas, ferimentos ligeiros. Podem, também, afirmar que é algo que os persegue: estavam em Istambul quando uma explosão, provocada por um ataque terrorista, provocou a morte a 39 pessoas, no início do ano. “Aconteceu de novo, isto é algo muito real”, diz.

Segundo as autoridades, 13 pessoas morreram ontem, em Barcelona, sendo que 100 ficaram feridas, 15 delas em estado grave. O ataque, foi entretanto proclamado pelo Estado Islâmico.

Três australiano ficaram feridos. O primeiro-ministro Malcolm Turnbull referiu, entretanto, que “a Austrália se encontra profundamente solidária com Espanha, unindo-se ao país num combate feroz ao terrorismo islamista. Esta, é uma batalha global contra o terrorismo”, afirmou ontem, em conferência de imprensa.

Esta manhã, a polícia fez uma comunicação oficial no Twitter, afirmando que matou a tiro quatro dos suspeitos e que feriu um terceiro, que se encontrava num resort da cidade. “Seguimos os perpetuadores destes atos, de forma a conseguirmos dar resposta a um ataque terrorista”, pode ler-se no comunicado. Contudo, não ficou claro no tweet divulgado se a investida da polícia foi feita ainda na zona do ataque ou se já foi nas suas imediações.

A zona de Las Ramblas está repleta de lojas e de comércio local e é uma zonas mais turísticas da cidade. Trata-se de uma zona pedestre, localizada no coração da cidade.

Nas suas imediações, a polícia fechou, rapidamente, o metro, as lojas e todas as ruas.
No local, o ataque terrorista reclamado pelo Estado Islâmico, provocou o pânico geral e o momento relatado pelas vítimas do de horror.
Graeme O’Sullivan, chefe da polícia do Metropolitano, foi um dos primeiros a responder à tragédia no centro comercial de Bourke Street, em Melbourne, na Austrália, em janeiro passado.

A mulher, viu tudo a acontecer, agora, em Barcelona do topo do hotel onde estavam os dois hospedados.
“Estávamos os dois a desfrutar de umas bebidas junto á piscina, no terraço do hotel. De repente, ouvimos um estrondo enorme, à medida que o veículo ia batendo nas pessoas.. E, depois, obviamente, os gritos de quem tentava salvar a sua vida. Em Melbourne, não foi um ataque terrorista, aqui vê-se logo que sim. Em ambos os casos, a sensação de horror e tragédia é igual, o resultado é o mesmo.”, diz, em declarações à rádio 3AW.

Susan McLean, australiana, especialista em segurança cibernáutica, estava apenas a 100 metros da tragédia que deixou espalhada corpos pelo chão… “De repente, surgiu uma onda de pessoas a correrem, vindas da Plaza de Catalunya e de Las Ramblas, a correrem na nossa direção, a gritarem e com um olhar de terror nos seus rostos!”, diz, em declarações ao canal de notícias Nine Network, acrescentando: “Alguns deles, gritavam ‘arma, arma’, pelo que pensávamos que alguém tinha sido alvejado. De repente, começaram a tentar puxar-nos para as lojas… Estavam a falar em espanhol, era difícil perceber.

Susan McLean, entretanto separada do marido, pelo pânico geral causado, refere, ainda, que o momento foi, em muito, semelhante àquele vivido no centro comercial de Bourke Street, em Melbourne. ”Lembrei-me logo do que tinha acontecido em Bourke Street, a mesma imagem das pessoas em puro horror”, continua.

Keith Fleming, norte-americano a viver em Barcelona, referiu que estava a ver televisão em casa, numa das ruas perpendiculares a Las Ramblas, quando ouviu um estrondo enorme. Afirma que viu “mulheres e crianças a correrem, com um ar horrorizado.” Acrescenta, ainda, que ouviu um barulho grande quando alguém terá batido numa loja, ao correr para fugir do ataque. Referiu, ainda, que a polícia chegou e arrastou toda agente para fora da rua, fechando-a, posteriormente.

O presidente da estação RTVE refere que, segundo as investigações em vigor, foram usadas duas carrinhas, uma para o ataque, outra para a fuga. O ataque em Barcelona foi o mais mortífero, desde 2004, quando a, 11 de março, um ataque terrorista revindicado pela Al-Qaeda, matou 191 pessoas.

Depois da onda de atentados um pouco por toda a Europa e por África, Espanha está em modo de segurança máximo desde junho de 2015.
Carrinhas, camiões e outros veículos têm sido a forma mais usada pelos terroristas para os ataques. Um dos mais mortais aconteceu em Nice, em julho do ano passado, matando 86 pessoas no Dia da Bastilha.

Também em dezembro de 2016 foram 12 pessoas mortas quando um camião investe sobre as pessoas que estavam num mercado de natal, em Berlim.
Em Londres, houve, também, uma investida com uma carrinha na Ponte de Londres, matando 4 pessoas e tendo morte, de seguida, um polícia por esfaqueamento às portas do Parlamento.

Em junho, foram 8 as pessoas mortas, também, na Ponte de Londres. E, ainda em junho, houve outro ataque terrorista numa mesquita.

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