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Sara Pinto revela “trauma” com foto de Gaza: “Todos os dias, lembro-me desta mulher…”

Sara Pinto não esquece a foto do fotojornalista da Reuters Mohammed Salem, que mostra uma mulher palestiniana a abraçar o corpo da sobrinha morta.

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Sara Pinto revela “trauma” com foto de Gaza: “Todos os dias, lembro-me desta mulher…”
Reprodução | Redes sociais

Sara Pinto recorreu ao seu Instagram para partilhar um desabafo, relacionado com a fotografia do fotojornalista da Reuters Mohammed Salem, tirada no hospital Nasser, em Khan Younis (sul de Gaza), a 17 de outubro de 2023.

A imagem, vencedora do prestigiado prémio World Press Photo, retrata uma mulher palestiniana a abraçar o corpo da sobrinha. A pequena foi morta, juntamente com a mãe e a irmã, depois de um míssil israelita lhes ter atingido a casa.

Perante a chocante imagem, Sara Pinto refletiu, no passado dia 18 de abril: “Todos os dias, às 21h, lembro-me desta mulher. O momento do banho dos miúdos cá em casa tem tanto de animação como de stress”.

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A jornalista continuou em seguida: “É o fim do dia, depois de jantar, estamos todos cansados, eles mais birrentos às vezes, nós com menos paciência, ora não querem ir para a banheira, ora não querem sair de lá. Embrulho-os na toalha depois de todas as reclamações de não querer lavar a cabeça e é ver qual dos dois salpica mais de água o chão e a minha roupa e a do pai”.

“Sabem aquelas toalhas para criança com carapuço? É nessas que eles se embrulham. Aqui há tempos, enquanto pegava neles assim ao colo, todos embrulhados num toalhão branco, com o carapuço a tapar a cara, gelei ao ver o reflexo no espelho. Na minha cabeça estava a imagem da mulher de Gaza abraçada ao corpo da sobrinha pequena, coberta da cabeça aos pés com um lençol branco. Esta imagem, que está no meu pensamento desde outubro, foi agora escolhida como foto do ano no World Press Photo”, acrescentou.

Sara Pinto finalizou: “Todos os dias às 21h lembro-me desta mulher e de todas as mães e crianças apanhadas pela guerra… e dou graças pelo stress da hora do banho, pela banalidade dos meus dias e pela sorte de ver os meus filhos espernear debaixo dos toalhões brancos. Que nos lembremos sempre da nossa sorte no stress do dia a dia”.

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