Ronaldo pondera “assumir culpa” e pagar 14 milhões ao fisco espanhol

A notícia é avançada hoje pelos principais “media” espanhóis: Cristiano Ronaldo estará a ponderar pagar ao fisco espanhol 14 milhões de euros, e assumir a culpa pelos quatro crimes de que é acusado.

Como conta o El Mundo, esta é a primeira vez que Ronaldo avança com uma proposta formal para encerrar o caso, através de um acordo.

As autoridades espanholas acusam o avançado do Real Madrid de prejudicar o fisco espanhol em 14 milhões de euros, e acreditam que Ronaldo usou paraísos fiscais para “esconder” rendimentos com direitos de imagem.

No ano passado, Cristiano Ronaldo foi interrogado em Tribunal, e depois de ter saído sem prestar declarações aos jornalistas, reagiu, em comunicado:

“Sempre fiz a declaração de impostos de forma voluntária, porque penso que todos temos que declarar os impostos de acordo com o que ganhamos. Quem me conhece, sabe o que peço aos meus assessores: que paguem tudo correctamente, para que não tenha problemas”, pode ler-se no. comunicado

O jogador terá explicado à juíza que nunca cometeu qualquer irregularidade: “A justiça espanhola conhece em detalhe as minhas receitas, porque as declarei. Nunca escondi nada nem tive intenção de fugir ao fisco”.

Na altura, o Ministério Público espanhol apresentou queixa contra Cristiano Ronaldo, fazendo com que a maioria da imprensa pusesse até em causa a sua permanência no Real Madrid.

Em causa está a suspeita de que o jogador português terá usado para receber os seus direitos de imagem, as mesmas sociedades irlandesas que usaram outros jogadores de futebol como Fábio Coentrão, Falcão, Di Maria ou Ricardo Carvalho.

Em comunicado citado pelo “El Pais“ em Junho do ano passado, o Ministério Público espanhol revelava que os valores da alegada fraude foram de 1,39 milhões em 2011, 1,66 milhões em 2012, 3,2 milhões em 2013 e 8,5 milhões em 2014, fazendo assim um total de 14,75 milhões de euros.

A investigação do Football Leaks que trouxe a público esta alegada fraude, foi publicada inicialmente pelo jornal espanhol El Mundo.