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Pessoas desarrumadas não são preguiçosas, são criativas e audaciosas

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Vivemos num mundo muito estereotipado e previsível. Quase tudo está cuidadosamente embalado e sistematizado. A sociedade perpétuamente procura manter a ordem, em cada sentido da palavra.

Mas é tudo uma ilusão.

Nós temos sido ensinados a valorizar noções superficiais de simetria.

Organização é uma almofada confortável que se estende debaixo de nós e conta-nos que a vida não é realmente a aleatória, caótica desordem que secretamente sabemos ser.

Nas nossas tentativas para mantermos a ordem, frequentemente criamos desordem. Quando compramos novas roupas ou sapatos para condizerem em público, por exemplo, os nossos armários começam a ficar sobrelotados.

Quando deitamos fora o lixo, ele vai para uma lixeira e contribui para a poluição.

Tal como o físico Adam Frank afirma:

É a lei da física.

A crua realidade é que o próprio universo é totalmente contra os nossos esforços a longo prazo para trazer ordem ao caos das nossas vidas.

Isso acontece porque o universo adora caos.

Entretanto, não importa o quão duramente tentamos manter as coisas limpas e arrumadas, tudo vai cair em desordem.

Nós devíamos dizer “sim” para a desarrumação mais vezes e abraçar a natureza caótica do universo.

Pessoas desarrumadas são frequentemente estigmatizadas como indivíduos apáticos e desequilibrados, mas isso simplesmente não é verdade.

Pessoas desorganizadas viram a luz. Elas não vão deixar que as suas vivas sejam ditadas pela exactidão e convenção.

Citando Jim Morrison:

Eu estou interessado em tudo sobre revolta, desordem, caos… Parece-me ser o caminho em direcção à liberdade.

Com isto não estamos a dizer que devemos deixar que todos os aspectos da nossa vida caiam num completo caos. Organização pode ser necessária, conveniente e até bonita. Mas também é sobrestimado, e aqueles que vivem na desordem são muitas vezes injustamente julgados.

Pessoas desarrumadas não são preguiçosas, são realmente imaginativas e ousadas.

A sabedoria convencional pode dizer-nos que precisamos de ordem a fim de fomentar a produtividade, mas isso não é necessariamente verdade.

Segundo Eric Abrahamsom e David H. Freedman:

Desarrumação não é necessariamente a ausência de ordem. Uma mesa desarrumada pode ser um eficiente sistema de prioridades.

Numa mesa desarrumada, o trabalho mais urgente e importante tende a estar perto e no topo da pilha, enquanto que o material seguramente ignorável tende a ser enterrado no canto ou por baixo, o que faz todo o sentido.

Por outras palavras, uma mesa desarrumada pode realmente ajudar a aumentar a eficiência, dependendo da pessoa.

Desde novos, somos ensinados a nos sentirmos mal connosco mesmo por sermos desarrumados. Pessoas desorganizadas ou pouco cuidadas são frequentemente criticadas pela sociedade. Durante o processo, os benefícios escondidos desta qualidade são negligenciados.

É preciso coragem para abraças a desordem, visto que isso requer que se aceite o constante criticismo.

Pessoas que vivem em desordem são inerentemente espontâneas. Elas preferem preocupar-se com as coisas mais importantes do que com os minúsculos detalhes da vida do dia-a-dia. Elas seguem o fluxo em vez de nadarem contra a corrente.

Simplificando, pessoas desarrumadas são aventureiras e adaptáveis. São pioneiras que estão mais preocupadas em preencher o limitado tempo que têm com tarefas significativas em vez de actividades aborrecidas, como limpar por exemplo.

Existe simplicidade e beleza em viver uma vida em desordem, que é precisamente por isso que produz indivíduos tão iluminados e inovadores.

A vida é imprevisível e maravilhosa. Age em conformidade e desfruta do passeio.

 

 em Coffee Break.

Apaixonado por rádio, notícias e redes sociais, trago-te todos os dias as histórias mais inspiradoras que encontro na web...

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