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Consultor forense explica todos os passos na investigação da morte de Diogo Jota: “Não vai ser fácil…”

No programa ‘Dois às 10’, da TVI, Albino Gomes detalhou o que se segue na investigação…

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Portugal/Instagram

Albino Gomes, consultor forense, marcou presença no programa ‘Dois às 10’, da TVI, desta quinta-feira, 3 de julho, e explicou em direto quais são os próximos passos da investigação em torno da morte do futebolista Diogo Jota, que partiu vítima de um acidente de viação.

A identificação da matrícula e do respetivo proprietário do carro foi o primeiro procedimento a ter em conta: “O proprietário estava com a matrícula em Inglaterra e depois tiveram que parar para perceber quem é que estaria dentro da viatura. E talvez por isso o Liverpool [clube onde jogava Diogo Jota] também não tenha anunciado imediatamente nada em relação à morte do atleta, ficou a aguardar, porque em boa verdade ainda não foi realizada a perícia principal, a autópsia médico-legal, não tanto pela causa de morte, porque isso não é importante, mas mais por aquilo que é a identificação dos corpos“, afirmou.

Neste sentido, Cristina Ferreira questionou: “Se os corpos estiveram queimados, é uma coisa fácil de fazer?“. Albino Gomes respondeu: “Estão [queimados]! Não é fácil, aquilo que vai acontecer é que vão pela primeira linha analisar os dentes, aquilo que é o registo dentário, em segunda linha o DNA e é possível, embora mesmo em corpos carbonizados é importante perceber a causa de morte, se, neste aspeto, foi traumática ou não foi traumática. Porque depois pode ter sido uma situação de ter sido o próprio incêndio a causar a morte, a pessoa pode ter ficado inconsciente e depois foi o incêndio. Para o efeito pouco interesse tem neste aspeto, não há envolvimento de terceiros“.

Perante esta possibilidade, o consultor forense destacou: “Parece-me um bocado precipitado neste momento estar-se já a falar em pneus que rebentaram e ultrapassagem, a não ser que exista videovigilância e que apareça o vídeo onde isto seja claro. Não havendo um vídeo, não havendo uma testemunha, quanto a mim tudo isto é muito precário estarmos a falar disto. Até porque a perícia da viatura não foi feita“.

Ao nível da viatura, uma vez que “ardeu“, verifica-se também “um grande problema“: “Sendo o carro que é, um Lamborghini, um carro baixo, um carro que não estou a dizer que vai em excesso de velocidade, mas atinge determinadas velocidades e a aerodinâmica está preparada para isso, também a forma como ele se vai desfazer é grande. Queimado e desfeito num embate, aquilo que vai restar desta viatura são peças e, por isso, não vai ser fácil esta investigação“.

Quanto à velocidade a que seguia o carro, Albino Gomes explicou: “Este tipo de viaturas tem aquilo que se chama a caixa negra. Se a centralina ficou intacta para se poder recuperar, é uma coisa, mas aqui a questão não é importante perceber a velocidade ou não, porque não há envolvimento de terceiros, não embateu contra ninguém, não há mais ninguém, infelizmente as únicas pessoas envolvidas foram as que faleceram“.

Para terminar a sua intervenção, o consultor forense partilhou: “Há coisas curiosas nesta vida: ele tinha feito uma pequena cirurgia, tinha sido desaconselhado pela equipa que o operou, porque tinha sido uma pequena cirurgia pulmonar, dizia que era arriscado ele ir de avião, pelos riscos de uma embolia pulmonar. E ele foi de carro, ia de carro para Santander, para depois ir de barco até Inglaterra. Veja como é que é o destino: era arriscado voar e depois acabou por morrer“.

Veja o vídeo aqui.

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