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PCP e BE querem diferença entre défice previsto e nova meta aplicada no SNS

O PCP e o BE solicitaram ao ministro das Finanças que aplique no SNS os 800 ME que representam a diferença entre o défice previsto (1,1%) e o que o Governo pretende atingir (0,7%).

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PCP e BE querem diferença entre défice previsto e nova meta aplicada no SNS

Lisboa, 11 abr (Lusa) – O PCP e o BE solicitaram hoje ao ministro das Finanças que aplique no Serviço Nacional de Saúde os 800 milhões de euros que representam a diferença entre o défice previsto (1,1%) e o que o Governo pretende atingir (0,7% do PIB).

Numa audição conjunta das comissões parlamentares da Saúde e das Finanças, a requerimento do CDS e do PSD, sobre problemas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), Mário Centeno sublinhou várias vezes o aumento da despesa no setor, ao contrário do que aconteceu no Governo anterior.

A deputada Carla Cruz (PCP) referiu-se à intenção do Governo de rever o défice de 1,1% para 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) – o que representa menos 800 milhões de euros do que estava inicialmente previsto -, questionando Mário Centeno sobre o destino desta verba.

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Manifestando-se crítica desta “redução acelerada do défice”, a deputada defendeu que a verba dos 800 milhões de euros seja aplicada “na resolução dos problemas das pessoas, dos utentes do SNS”.

Também o deputado Moisés Ferreira (BE) tinha ido no mesmo sentido: “Vai insistir nesta prática de ir para além da meta do défice? Ou vai pegar nos 800 milhões de euros que estão disponíveis e investir no Serviço Nacional de Saúde? De que lado está? Do lado de quem quer fazer boas figuras em Bruxelas ou do lado de quem quer investir o SNS”, questionou o deputado do Bloco.

Moisés Ferreira disse esperar que a meta de 0,7 do défice a alcançar este ano não seja mais importante do que autorizar “as centenas de contratações pendentes” na secretária de Centeno.

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Em resposta aos deputados, Mário Centeno garantiu que “a redução do défice não foi feita à custa da saúde”, uma área em que “a despesa na saúde subiu 700 milhões de euros”.

“Quando o défice em Portugal era de 11% a saúde estava bem? Quando foi de 5% a saúde estava bem?”, perguntou Centeno.

O ministro das Finanças recordou que “o orçamento não é infinito” e que “as escolhas têm de ser feitas”.

“A pior das decisões em matéria orçamental e financeira é a decisão efémera, não sustentável, que tem de ser revertida amanhã”.

SMM/ARP // PMC

Lusa/Fim

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