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Operação Fizz: Carlos Silva disponível para depor entre 7 e 11 maio em Portugal
O presidente do Banco Privado Atlântico, Carlos Silva, informou hoje o tribunal de que está disponível para depor presencialmente, como testemunha, entre os dias 7 e 11 de maio.
Lisboa, 28 fev (Lusa) — O presidente do Banco Privado Atlântico, Carlos Silva, informou hoje o tribunal de que está disponível para depor presencialmente, como testemunha, no processo ‘Operação Fizz’ entre os dias 7 e 11 de maio.
Numa comunicação do seu advogado enviada ao tribunal, a que a agência Lusa teve acesso, Carlos Silva diz que pretende “esclarecer tudo o que for necessário e corresponder sem hesitação ao apelo do tribunal, não obstante a incomodidade e os transtornos inerentes” da sua deslocação a Portugal.
O banqueiro luso-angolano mostrou-se disponível para depor na sala de audiências do julgamento, mas apenas tem disponibilidade na segunda semana de maio, alegando os “múltiplos e inadiáveis compromissos profissionais relacionados sobretudo com o Banco Millennium Atlântico, em particular com a inevitável supervisão do encerramento de contas, apresentação e aprovação de resultados do exercício de 2017”.
No documento enviado ao tribunal, o presidente do BPA reitera a sua disponibilidade para depor por videoconferência no consultado de Portugal em Angola “se possível entre os dias 11, 12 e 13 de abril”.
Contudo, na sessão de terça-feira, os juízes do processo consideraram imprescindível ouvir presencialmente Carlos Silva e até já tinham marcado os dias 6, 7 e 8 de março para o interrogatório.
O presidente do BPA e administrador não executivo do Millennium BCP foi indicado por arguidos no processo ‘Operação Fizz’ como tendo sido o responsável pela contratação do ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) Orlando Figueira (acusado de corrupção passiva) para trabalhar na banca privada, através de um contrato com a Primagest.
Também a advogada de Orlando Figueira já defendeu publicamente que Carlos Silva devia depor presencialmente.
O processo ‘Operação Fizz’, relacionado com corrupção e branqueamento de capitais, envolve o antigo presidente da Sonangol e ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente que, num processo entretanto separado, é acusado de ter pago a Orlando Figueira 760 mil euros para que este arquivasse inquéritos em que era visado, designadamente na aquisição de um imóvel de luxo no edifício Estoril-Sol.
Além de Orlando Figueira, estão em julgamento o advogado Paulo Blanco (mandatário do Estado angolano em diversos processos judicias) e Armindo Pires, amigo de longa data e homem de confiança de Manuel Vicente em Portugal.
CC/HB // PMC
Lusa/Fim
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