Familia
O relato emotivo desta mãe vai convencer-te a dizer menos vezes “Não” aos teus filhos
É verdade – e as mães sabem do que estamos a falar! – que a palavra ‘não’ vem, muitas vezes, por instinto!
“Mãe, podemos comprar gelado?” – Não…
“Mãe, podemos ir para a cama mais tarde?” – Não…
“Podemos ouvir as músicas da Xana Toc-Toc pela enésima vez?” – Não!
As crianças estão constantemente a testar os nossos limites e a pedir coisas (umas razoáveis, mas outras não). Como mãe ou como pai, não podemos permitir isso.
Esta mãe partilhou, recentemente, uma poderosa história, que nos ajuda a perceber que não devemos dizer que ‘não’, sem pensarmos um pouco primeiro.
Rachel Ann Carpenter divulgou, então, a história da sua filha, Nevaeh, que queria pintar o cabelo de cor de rosa… No início, disse-lhe que não. Mas, perante o que aconteceu depois à menina, percebeu que não devia ter dito que não…
“No início, disse-lhe que não, porque sei como as pessoas conseguem ser más e fazer juízos de valor, criticando… E depois pensei, como ela tem apenas 9 anos, tem a vida inteira para pintar o cabelo da cor que quiser!”, escreve no Facebook.
Mas, de repente, tudo muda, quando Nevaeh tem, um acidente: “Uns dias mais tarde, num acampamento, estávamos a fazer uma demonstração que envolvia fogo e alguma coisa correu mal… Ela foi apanhada no fogo e ficou com queimaduras em 70% do corpo. No hospital, quando estava internada, não sabíamos se sobreviveria ou não…”, acrescenta a mãe.
A menina sobreviveu e, um ano mais tarde, voltou a pedir se podia pintar o cabelo de cor de rosa. A mãe disse-lhe que sim.
“Esta experiência ensinou-me que não sabemos quanto tempo temos com as pessoas de quem gostamos, seja quem for. Portanto, digam sim mais vezes e não se preocupem se as outras pessoas acham o vosso filho ou a vossa filha ridículos”, escreve.
Esta história levanta uma grande questão: estaremos nós, enquanto pais, a estabelecer limites reais e verdadeiros aos nossos filhos ou a fazê-lo apenas por imediatismo, sem pensar?
O nosso dever é, de facto, protege-los dos perigos da vida, mas não conseguimos – nem devemos! – protege-los de tudo, colocando-os numa redoma de vidro.
Cada vez mais, os especialistas são unânimes no pensamento que defende que as crianças devem correr riscos, devem explorar, devem partir à descoberta… Como refere a psicóloga Randy Calle à revista britânica ‘Psychologies’ “os pais só deviam agir quando os seus filhos correm riscos graves ou quando fazem algo que pode prejudicar realmente a sua saúde (como comer gelado ao jantar, todas as noites, por exemplo).
Psicologia à parte, às vezes é muito mais divertido dizer que sim! “É tão importante deixarmos as crianças viverem um pouco. Como adultos, esquecemo-nos do que é ser criança e de como é tão fácil para uma criança ser feliz…”
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