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Jovem explica a razão pela qual sempre quis ser Bombeiro. O texto emociona qualquer um

Diz que “sempre quis ser bombeiro” desde que se lembra. Em 2008, infelizmente, a vida mudou. Um acidente de viação deixou-o paraplégico mas não desistiu…

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Jovem explica a razão pela qual sempre quis ser Bombeiro. O texto emociona qualquer um

Chama-se Gonçalo Santos, entrou para os bombeiros em 2004, quando tinha apenas 16 anos, e isso “foi o tornar realidade um sonho de criança”.

Diz que “sempre quis ser bombeiro” desde que se lembra. Em 2008, infelizmente, a vida mudou. Um acidente de viação deixou-o paraplégico mas não desistiu.

Segundo conta, os colegas não o deixaram desistir e, hoje, trabalha como operador de comunicações nos Bombeiros Voluntários de Rio Maior.

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Depois dos acontecimentos dos últimos dias, o Gonçalo quis explicar neste texto porque razão quis ser Bombeiro. O texto emociona qualquer um.

“Porque é que vais para os bombeiros?
Vou para servir, o meu país precisa de mim.

Jurei com o meu braço levantado sobre a bandeira da minha corporação e do meu pais, fidelidade, servir, abnegação, altruísmo, dedicação.

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Jurei servir um pais que não olha para mim com respeito, jurei servir um país que só se lembra dos BOMBEIROS quando está tudo transformado num verdadeiro inferno e mesmo assim surgem quem nos critique.

Jurei a mim mesmo que iria servir o país e a população sempre mesmo que isso me pudesse custar horas de sono, momentos de união familiar. Troquei também a alegria de alguns dias pela tristeza que alguém sentia e fiz disso os meus dias pois afinal de contas nós bombeiros sofremos quando alguém sofre.

Jurei servir este país à beira mar plantado, este país que nada tem para me dar enquanto bombeiro, este país que não reconhece a importância da figura do BOMBEIRO, mas mesmo assim continuo a servir-te Portugal.

Jurei servir aquelas crianças que olham para nós e que querem ser um dia mais tarde BOMBEIROS, tal e qual como eu quis.

Servimos uma população que nos aponta o dedo quando falhamos, mas que diz que é nossa obrigação quando o trabalho nos corre bem.

Servimos essas pessoas da mesma forma que servimos quem nos apoia porque não fazemos distinções.

Somos nós que choramos a perda dos camaradas que o fogo nos tirou, choramos no tocar da sirene e durante o caminho até ao cemitério, e no fim de tudo isto continuamos a chorar no silêncio dos nossos corações.

Quantas pessoas já socorremos e essas pessoas se lembram do nosso nome? Algumas sim, muitas não.

Servimos um Pais, uma população que não diz Obrigado aos Bombeiros. Quantos de vós pensaram que a alma de um Bombeiro está manchada de sangue, suor e lágrimas, mas que mesmo assim saímos de casa em direcção ao nosso quartel.

Quantos pensaram que deixamos para trás a nossa família dispostos a perder tudo em troco de nada?

Quantas vezes imaginaram o rosto daqueles que me são próximos quando vou para os bombeiros?

Quantas foram as vezes que pensei em abandonar os Bombeiros? Muitas mesmo, mas não posso, pois o país que não me respeita precisa de mim, as pessoas que não acreditam em mim precisam de mim, os que me respeitam necessitam de nós.

Aos que gostam de mim, irei sempre para os bombeiros porque o País continua a precisar de mim e de todos aqueles que junto ao coração têm a palavra Bombeiros gravado na sua farda.

Não esperamos louvores, esperamos respeito pelo nosso trabalho.

“Quero ver-te amanhã”

Gonçalo Santos, Bombeiro de 3ª CB Rio Maior.

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