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Foi gozado no Ídolos em 2015, e agora vai receber indemnização milionária

Daniel Rebelo fez, mais tarde, uma otoplastia, uma intervenção cirúrgica que permite a correção de orelhas proeminentes.

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Cem mil euros, é quanto o ex-concorrente do ‘Ídolos’ exige pela ridicularização de que foi alvo, pela SIC, depois do Ministério Público lhe dar razão.

Daniel Rebelo tinha 17 anos quando concorreu ao programa. Por gostar de cantar, inscreveu-se no ‘Ídolos’ e foi a Lisboa participar no casting. Ainda menor e a viver com a avó (ainda em criança, ficou órfão de pai e a mãe abandonou-o), foi necessário que esta assinasse a autorização para participar.

Em declarações ao jornal JN o jovem esclarece como decorreram as gravações, explicando que, quando chegou à SIC foi colocado “num quarto escuro, com um holofote” virado para si e alguém mandou que cantasse, à capela (sem música). “Não havia lá nenhum jurado”, diz. Cantou, foi filmado e, no final, disseram-lhe que era “desafinado”, que ficaria “para a próxima”.

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Certo de que a sua carreira não seria na música, regressou a Vila Nova de Gaia convencido de que, “como não participara”, as filmagens que dele fizeram iriam para o lixo. Mas não foram! Qual não foi o seu espanto quando as viu na televisão…

Quando Daniel Rebelo se deparou com as suas imagens, fruto da sua participação naquele concurso de talentos, em 2015, onde a pós-produção que tinha aumentado significativamente as orelhas, sentiu-se ridicularizado pela produção do programa.

Mas não ficou por aí, acusando de difamação seis profissionais da estação televisiva de Carnaxide. O Ministério Público (MP) dá, agora, razão à acusação e o jovem pede uma indemnização de cem mil euros.

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Entre os profissionais da SIC constam Júlia Pinheiro, na altura diretora de conteúdos, e Gabriela Sobral, diretora de programas, segundo noticiou o Correio da Manhã. Em comunicado, o MP esclarece: “Os arguidos, através de efeitos especiais e manipulação de imagem, transmitiram imagens das orelhas do assistente [Daniel Rebelo] sempre a aumentar de forma ridícula e exagerada”, esclareceu órgão jurídico.

O vídeo que dá origem à acusação, por parte do jovem, aos seis profissionais da SIC, foi transmitido durante um dos episódios do programa, durante a fase de castings, em que Daniel Rebelo surge a cantar ao mesmo tempo que as suas orelhas são aumentadas através do referido efeito, colocado, então, pela pós-produção do programa.

Às pessoas que, como Daniel, acabam por não ficar, por, nitidamente, não saberem cantar, o programa acaba por denominar ‘fase de cromos’, onde se incluía, então Daniel. Como Daniel, muitos outros concorrentes acabam por ser alvos de chacota. Uns, mais que outros. Neste caso, ao facto de não saber cantar, a produção do programa decidiu ‘acrescentar’ as orelhas do concorrente.

De acordo com a acusação, a produção terá ido longe demais… O advogado do jovem considera que os milhares de visualizações do vídeo, nas redes sociais ou no YouTube, chegaram a “todos os amigos e conhecidos” e ao “povo em geral”, que passaram a “intitulá-lo como o ‘Orelhas’”.

Na sequência de todos os insultos e de todo o gozo de que foi alvo e que o levou à consequente perda do ano letivo, o antigo concorrente exige, agora, uma indemnização de cem mil euros. “Deixou de frequentar a escola, o que levou à consequente perda do ano letivo, deixou de comer, emagrecendo de forma preocupante, deixou de dormir, de sair e de conviver com os seus amigos”, referiu o advogado, em declarações ao Correio da Manhã.

Daniel Rebelo fez, mais tarde, uma otoplastia, uma intervenção cirúrgica que permite a correção de orelhas proeminentes.

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