Especialista analisa comportamento de Marie em Igreja e aponta “síndrome”: “Ela vive sem limites…”

O comportamento de Marie no interior de uma Igreja, na Covilhã – as fotos e o vídeo que gravou já foram alvo de queixa pela Paróquia – foi alvo de análise no programa ‘V+ Fama’, transmitido no V+ TVI, desta quarta-feira, 13 de novembro.

Susana Areal, especialista em comportamento humano, entrou em direto no programa apresentado por Adriano Silva Martins e começou por explicar: “Este vídeo é chocante para qualquer pessoa, em muito particular para a comunidade católica. Como analista comportamental, o que nós vemos aqui é uma pessoa que tem uma necessidade de reconhecimento acima de tudo, ou seja, alguém que precisa de estar na ribalta, que se alimenta disso, alimenta-se das luzes da ribalta, das revistas, das redes sociais, de toda a atenção que lhe é dada“.

Além disso, Susana Areal referiu: “Mas a agravar o que este perfil já tem, nós temos um chamado síndrome de Peter Pan. É característico de pessoas que se recusam a crescer, é como se estivéssemos a olhar para um adulto na adolescência, que continua a apresentar todas as características do adolescente: a inconsequência, a rebeldia, o fazer o que quer e achar que tudo é possível, tudo é brincadeira, porque é livre, o acharem-se os donos do mundo, os donos da razão, que tudo podem. E a Marie vive isto, é um síndrome de Peter Pan que está aqui e que é muito visível: a forma como se veste, como entra numa igreja de uma forma perfeitamente ofensiva, ninguém entra numa Igreja assim vestida, é uma ofensa a qualquer católico, a forma como aborda o altar, gozando e profanando tudo aquilo que ela tem consciência perfeita, porque ela sabe que é crença de muita gente e que ela quer contestar e ir contra“.

Na opinião da especialista, Marie “tem plena consciência” do que faz, “como todo o adolescente“: “A Marie não apresenta qualquer tipo de patologia mental, que faça com que ela não tenha noção do que faz, ela tem perfeita noção do que faz. E mais: eu queria deixar bem claro que trata-se de uma boa menina, portanto não vamos achar que um erro define uma pessoa. Agora é uma pessoa que nunca cresceu e que claramente nos mostra, porque é uma das características do síndrome de Peter Pan, que nunca lhe foram impostos limites. Portanto, ela vive a fazer o que quer e acha que nada tem consequências“.

Perante este comportamento, Susana Areal defendeu que é importante que Marie seja “acompanhada em psicoterapia por um bom profissional, a própria família começar a impor-lhe determinados limites e a responsabilização, porque vê-se que não há responsabilização nenhuma“: “Vai ser bom o facto da paróquia da Covilhã que lhe interpôs uma ação, isso é importante, porque é importante a Marie começar a perceber que ação tem consequência e é isto que está a faltar à Marie: nós vemos aqui que ela vive sem limites. A Marie vive no mundo real também e, no mundo real, a minha liberdade termina onde começa a do próximo. E é este passo que falta dar à Marie e começar a ter responsabilização e a perceber que já não é uma adolescente, é uma adulta“.

Veja o vídeo aqui.