Cândido Pereira sobre “excessos” de Ângelo Rodrigues: “Foi uma burrice, não consigo ser empático…”

No dia em que foi internado no hospital de São José, em Lisboa, devido a uma pneumonia por aspiração, Ângelo Rodrigues foi encontrado num hotel na zona do Saldanha “praticamente inanimado sob um cocktail de álcool, droga e medicamentos“.

Esse novo dado foi alvo de comentário no programa ‘Manhã CM’, da CMTV, desta quinta-feira, 16 de janeiro. Cândido Pereira, um dos comentadores do painel, começou por esclarecer: “Eu peço desculpa se mostrar alguma insensibilidade, que não quero de todo, não estou aqui para julgar o Ângelo, porque tenho muita pena que chegue a estes extremos porque considero um ator talentoso, uma pessoa inteligentíssima. Mas o nosso dia e a nossa vida, desde que nós acordamos de manhã, é feita de escolhas, escolhas essas que têm consequências boas ou más“.

Uma vez que considera o ator “uma pessoa inteligentíssima“, o comentador referiu: “Acaba por ser contraditório, eu considero-o mas chega ali a uma certa altura que a inteligência pode ter ficado um pouco aquém. Acho que por muito fragilizado que o Ângelo possa estar emocionalmente, acho que ir por um caminho que é o caminho do álcool, das drogas, das dependências não é“.

Depois, Rui Oliveira recordou o anterior internamento de Ângelo Rodrigues em 2019, devido a uma infeção grave na perna fruto de injeção indevida de testosterona, que levou a um primeiro coma, e Cândido Pereira destacou: “Isso podia ter sido uma alavanca para que ele não voltasse ali, para não voltar a estar no limite. Porque errar é humano, apesar desse privilégio é burrice. Isto que aconteceu aqui foi uma burrice, porque nós podemos escolher com quem é que eu quero estar, com quem é que eu quero comer, com quem é que eu quero jantar, aquilo que quero beber. Escolheu erradamente e eu, nessas coisas, não consigo ser empático“.

Neste sentido, o comentador explicou o seu ponto de vista: “Sou empático pela situação que obviamente não quero que ele esteja assim, porque até gosto dele enquanto artista, agora eu não consigo ter empatia por uma pessoa e dizem: “Coitadinho, ele está assim”. Desculpem, ele está assim porque cometeu excessos, é a realidade“.

“Eu sou empático e disse aqui que eu sou responsável por aquilo que eu digo, não por aquilo que os outros entendem. Eu sou empático e eu não quero que o rapaz esteja assim, porque é uma situação má e eu não desejo mal a ninguém neste mundo, nem ao meu maior inimigo. Quer dizer, as pessoas fazem a cama onde se deitam e eu não posso vir para aqui meter panos quentes numa pessoa que cometeu excessos“, rematou.