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“O país não lhe fez a justiça devida”: Rui Veloso recorda amizade e talento de Luís Jardim

Luís Jardim morreu a 4 de julho, no dia em que completava 75 anos…

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“O país não lhe fez a justiça devida”: Rui Veloso recorda amizade e talento de Luís Jardim
Reprodução | Redes Sociais

Rui Veloso recorreu ao seu Instagram domingo, 6 de julho, para dedicar um texto a Luís Jardim, que morreu a 4, no dia em que completava 75 anos.

O músico começou por escrever: “Esta fotografia diz bem da amizade e cumplicidade que havia entre nós. Eu conhecia o Luís (como Louis) das capas dos discos em que ele tocava, antes de o conhecer”.

“Um dia soube que ele era português, foi um passo para ir conhecer o homem a Londres. Quando nos encontrámos, conheci das melhores pessoas que encontrei na vida. Como homem, como músico e profissional do ramo. Parecia um ursinho crescido. A simpatia, extrema educação, o sorriso fácil, tudo acompanhado com aquela voz de trovão”, recordou.

Rui Veloso continuou: “Depois a maestria em tudo o que fazia, com uma precisão e um groove demolidores. ‘Lado Lunar’, ‘Avenidas’, ‘A Espuma das Canções’, tem Jardim por todo o lado. Aqui toca o baixo no ‘Lado Lunar’. Apresentou-me ao Charlie Watts, Ron Wood, Keith Richards, levou o Paul Carrack a fazer o Hammond no ‘Todo O Tempo Do Mundo’, o Ian Thomas a gravar todo o ‘Avenidas’, o Gary Barnacle a gravar um sax no ‘Golden Days’. Tudo gente que eu conhecia de nome. Grandes músicos”.

“Nos estúdios que percorri com ele em Londres era recebido com muito carinho, ‘hey Louie!’, toda a gente gostava dele. O currículo dele é inultrapassável. O músico português que tocou com as maiores referências da música internacional. De McCartney a Clapton, Elton a Tina Turner, Stones a Neville Brothers, Robbie Williams a Grace Jones (para quem não sabe aquela linha de baixo do ‘Slave to The Rhythm’ foi ele que fez), é um desfilar de nomes numa lista infindável. Sempre de uma humildade comovedora”, referiu o artista.

Rui Veloso escreveu ainda: “O país não lhe fez a justiça devida. Vivi sempre com amargura da falta de reconhecimento que o país votou ao Luís. Defendi o talento dele com unhas e dentes, contra a mediocridade e a ignorância. Gosto muito dele e nem acredito que não vou mais ter o privilégio do seu convívio. Muito triste mesmo. Era o maior! Um senhor!”.

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