Adriano Silva Martins critica luto nacional por Isabel II: “No dia em que a Simone de Oliveira não estiver cá, peço 15 dias…”

O Conselho de Ministros aprovou no dia de ontem o decreto que declara três dias de luto nacional em homenagem à rainha Isabel II, falecida no passado dia 8 de setembro, cujo funeral se realiza na Abadia de Westminster, em Londres, na próxima segunda-feira, dia 19 de setembro.

A revelação por parte do Governo português mereceu as críticas de Adriano Silva Martins no início do programa ‘Manhã CM’ desta sexta-feira, dia 16 de setembro: “Eu sinceramente estou chocado com isso, porque Isabel II é uma mulher importante mas é Chefe de Estado de outro país, não é nossa Chefe de Estado“, começou por dizer o jornalista especializado em realeza.

Esta afirmação acabou por merecer um reparo de Duarte Siopa: “Não te podes esquecer de uma coisa: é que nós temos uma aliança que é a mais antiga entre Portugal e Inglaterra que é muito firme“.

Apesar de compreender o raciocínio do apresentador, Adriano Silva Martins argumentou o motivo pelo qual não concordou com a decisão: “Eu percebo isso perfeitamente, isso nos livros de História fica muito bem. Mas eu quero ver no papel como é que estão as nossas importações para o Reino Unido, como é que estão as nossas exportações para o Reino Unido. Sinceramente fico um bocado chocado porque no dia em que, se Deus quiser que ainda falta muito tempo, a Simone de Oliveira não estiver cá eu peço 15 dias de luto nacional“, atirou em direto.

Depois de Duarte Siopa mencionar que o falecimento de Amália Rodrigues também foi homenageado com três dias de luto nacional, Adriano Silva Martins acrescentou: “O que é que Amália Rodrigues fez por Portugal? Muito acima de Isabel II! Eu devo muito a Isabel II na minha carreira profissional, mas daí a dar três dias de luto nacional a Isabel II. Um país que nem pertence à União Europeia já, que pode ter a aliança mais antiga do Mundo… Digo uma coisa: uma das pessoas que mais lutou pela paz em Timor-Leste foi D. Duarte, Duque de Bragança, e não vejo em Portugal fazer-lhe nenhum tipo de reconhecimento“.