#ABoyCanToo: mãe faz sessão fotográfica e mostra que não existem “coisas de menina”

O filho da fotógrafa Kirsten McGoey gosta de jogar futebol, mas o que adora mesmo é dançar. Segundo a mãe, ele gosta tanto de rodopiar pela casa que a sua cabeça gira, só de se lembrar disso.

Ele foi a grande inspiração para a série “A Boy Can Too” (“Um Menino Também Pode”), que retrata rapazes e as suas paixões ainda consideradas “coisas de meninas”.

Kirsten conta que sempre foi uma rapariga que gostava de coisas “de menino” e que, por isso, as bandeiras pela igualdade de género a tocavam bastante, porque a ajudavam a não deixar de fazer o que gostava por causa da opinião dos outros. Mãe de três meninos, ela percebeu que isso também acontece com aos rapazes.

O projeto começou com o seu filho do meio, de 8 anos. Ele sempre gostou de dançar, cantar, representar. Depois de ter divulgado as primeiras imagens, logo conheceu casos de outros meninos que foram julgados por causa dos seus gostos.

Além de fotografar os rapazes a fazerem as suas atividades preferidas, ela conversa com eles e tenta entender as coisas pelas quais eles passam. Um depoimento comum é que os jovens gostam de dançar/atuar/cozinhar porque finalmente encontraram algo em que eles são bons – não seria péssimo que eles desistissem dos interesses por causa de julgamentos alheios?

Kirsten chegou a ser questionada se ela não se preocupava com a possibilidade de o filho ser gay por gostar de cor de rosa ou de dançar. “Não consigo sequer entender como é que associam essas coisas, mas sei que este projeto precisa de se esforçar para convencer as pessoas que ainda se prendem a esse ponto de vista”, diz.

A fotógrafa conta ainda que os meninos mais velhos com quem conversou contaram sobre experiências negativas de deixarem seus hobbies de lado por causa da pressão. “Gosto de aproveitar para ajudá-los a ver a importância que eles têm, para inspirar os mais novos, mostrando a mensagem importante que ele têm para compartilhar”.

Fonte: Hypeness