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Um milhão de formas de dizer: eu amo-te
Já me disseram eu te amo com um simples sorriso – e foi tão melhor do que aquelas três palavras…
“Como é que se diz eu amo-te?” – Não foi só Renato Russo: Toda a gente, em algum momento da vida, já fez essa pergunta. O amor pode converter-se em palavras, mas em tantas outras coisas também. E – tratando-se de amor e afins – acho que as palavras tornam-se obsoletas, inúteis, insuficientes. Até porque já me disseram ‘eu amo-te’ de tantas formas.
Ao aquecer o meu café, saindo mais cedo para me dar uma boleia, abraçando-me forte. Fazendo conchinha comigo. Elogiando o meu cabelo. Trazendo-me inspiração de presente. Dando-me o lugar na fila quando eu estava apressada, segurando os meus livros no autocarro quando não havia lugar para sentar, tomando as minhas dores numa discussão, deixando-me à vontade na minha solidão quando precisei. Já recebi amor embrulhado como presente.
Já me disseram eu amo-te com um simples sorriso – e foi tão melhor do que aquelas três palavras. Já me trouxeram amor em forma de consolo, em forma de beijo, em forma de discussão. Incrível como o amor pode ter tantas formas e ser sensacional em todas elas.
Por isso é tão injusto culpar alguém por não conseguir converter o amor em palavras quando consegue convertê-lo em tantas outras coisas mais bonitas, mais sinceras, mais autênticas. É triste condenar aquele que não sabe traduzir o que sente em palavras quando é mais conhecedor do amor que tantos poetas habilidosos.
Num mundo em que o amor é tão banalizado, em que dizer “eu amo-te“ transformou-se numa simples forma de puxar assunto, ser amado em silêncio é um privilégio – porque, curiosamente, a verdade do amor revela-se melhor sem palavras. Pequenos gestos traduzem-no melhor que qualquer verso de amor exagerado. Ceder numa discussão é mais belo que qualquer bouquet de rosas vermelhas – que, em poucos dias, estará murcho e deitado fora numa lixeira.
Neste mundo em que expressar-se deixou de ser uma necessidade para transformar-se numa obrigação, aprender a respeitar o silêncio do outro faria bem às nossas relações. E aprender a ler o silêncio do outro faria bem à nossa alma – pois o silêncio pode dizer tanto se tivermos sensibilidade para ouvir.
Cabe-nos parar de condicionar o amor a um milhão de versos, de verbos, de alianças, de declarações públicas clichês, de atitudes pré-concebidas. Valorizemos quem “nos ama calado, como quem ouve uma sinfonia.” Porque o amor genuíno tem um milhão de sentidos – cada um mais intraduzível que o outro.
Fonte: Coffee Break | EoH

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