Segue-nos

Famosos

Sandra Felgueiras critica Gonçalo Amaral no caso ‘Maddie’: “Só podemos falar o que podemos provar…”

Sandra Felgueiras fala sobre o caso ‘Maddie McCann’ e este novo suspeito alemão. A jornalista critica o trabalho com “falhas irreparáveis” de Gonçalo Amaral…

Publicado

em

Por

Sandra Felgueiras critica Gonçalo Amaral no caso ‘Maddie’: “Só podemos falar o que podemos provar…”
Sandra Felgueiras/Facebook

O rapto de Maddie McCann ocorreu há 13 anos e até ao dia de hoje ninguém sabe ao certo o que aconteceu, o autor do crime é desconhecido. Contudo, nas últimas semanas foi apontado um novo suspeito ao desaparecimento da criança inglesa que passava férias com os pais no Algarve, na Praia da Luz.

Christian Brückner, de nacionalidade alemã, é o nome do novo suspeito. Gonçalo Amaral, antigo chefe da policia judiciária na altura do desaparecimento de Maddie, defende que este suspeito não passa de um ‘bode expiatório’.

Cansada das teorias e afirmações sem certezas de Gonçalo Amaral, Sandra Felgueiras manifestou-se sobre o caso este sábado, 04 de Julho, através do Facebook.

“A todos os que vibram com o caso Madeleine e se preocupam com os desaparecimentos misteriosos de crianças em Portugal, e não menos importantes, como os de Rui Pedro e, quem sabe, o de Joana: Investigar a verdade implica humildade. Abertura de espírito. Reconhecimento de falhas”, começou por escrever.

Sobre a investigação da policia judiciária feita na altura do desaparecimento da criança, a jornalista critica Gonçalo Amaral que, posteriormente, foi afastado do caso: “A tese de Gonçalo Amaral sobre o caso Madeleine tinha falhas irreparáveis, e por isso, só por isso, não foi sequer transformada em acusação pública. Mas depois veio a pressão pública. Os livros. As teses. Vender a história. E a vontade de crucificar os pais impeliu muita gente a querer acreditar numa tese mesmo quando as incongruências eram demasiadas e condenavam o caso ao absoluto fracasso”

“Investigo o caso Madeleleine há 13 anos. Sem preconceitos. Nem teses. Entrevistei os McCann várias vezes. Fui eu que lhes perguntei como justificavam o cheiro a cadáver no apartamento e no carro e o sangue detetado pelos cães ingleses? Sim, fui eu. Como é público. Li todos os ficheiros. Todos os relatos. E durante todos estes anos ouvi os maiores disparates sobre o que vi acontecer com os meus próprios olhos. Vi, incrédula, como é fácil proliferarem mentiras apenas em ordem de justificar a tese de um inspetor afastado por ter dito em público o que nunca conseguiu provar na justiça. Mas em público, só podemos falar o que podemos provar. E isto é válido para todos”, acrescentou.

“Esqueçam os treinadores de bancada. Os bitaites de quem nada sabe. Leiam. Vejam. Mas de mente aberta. Nunca vi um suspeito como Bruckner: com tantos indícios que o colocassem no lugar do crime à hora do crime com um passado que nos permite adivinhar, mas não provar, o que pode ter feito. Não é o suspeito perfeito. É um pedófilo e andou 22 anos entre nós. Nos mesmos anos em que desapareceram Rui Pedro, Joana e Madeleine. Bruckner não é um pedófilo porque há queixas. É um pedófilo condenado e extraditado para cumprir pena na Alemanha. Terá cometido este crime? Estará associado a outros? Não sabemos. Ainda não sabemos. Mas é nossa obrigação descobrir”, continuou a jornalista da RTP que, acompanha o caso de Maddie desde o inicio.

“E agora, meus caros, já não se trata apenas de Madeleine. Trata-se da segurança dos nossos filhos. E de sabermos quem anda no meio de nós! Esta nova pista pode ajudar-nos a descobrir muitas verdades inconvenientes que andam escondidas há décadas no nosso aparente Portugal seguro. Daí o interesse público desta investigação. A descoberta da verdade nunca nos deve cansar. Deve desassossegar-nos. E levar-nos a um conhecimento mais profundo (…) A polícia alemã quer apenas fechar mais um caso. Eu quero saber mais sobre o meu país (…) em mim, mora apenas um objetivo: descobrir a verdade. Seja ela qual for”, concluiu.

COMENTÁRIOS

TRENDING