Risco de bebés nascerem mortos duplica quando as mães dormem de costas, no final da gravidez

Estás grávida? Atenção a esta notícia! Se dormes de costas, é importante que saibas isto: há um risco acrescido dos bebes nascerem mortos quando as mães dormem nessa posição.

A conclusão parte de um estudo publicado no jornal científico ‘British Journal of Obstetrics and Gynaecology’, feito com base num inquérito a cerca de 1.000 mulheres grávidas.

A pesquisa analisou 291 gestações nas quais os bebés nasceram mortos, e 735 mulheres que tiveram bebés saudáveis. O estudo, mostrou, então, que o risco de morte fetal pode duplicar se as mulheres dormirem de costas no último trimestre da gravidez.

As observações foram comparadas com outros estudos realizados na Austrália e na Nova Zelândia. As recomendações são simples: as grávidas devem dormir de lado, mesmo durante o dia.

Apesar de não ser possível controlar-se o sono da grávida, o importante é que o início do sono seja feito na forma lateral, mesmo que depois mude.

Apesar de não existir, ainda, uma explicação científica para o motivo que conduz à morte fetal, os especialistas apontam para um facto que poderá estar na sua origem: o peso da criança e do útero pressionam os vasos sanguíneos e interferem no abastecimento de sangue ao bebé e, consequentemente, na transferência de oxigénio.

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Cerca de 100 mil vidas de bebés podem ser poupadas por ano, em termos mundiais, se as mães passarem a dormir de lado no último trimestre de gravidez, segundo o mesmo estudo. No Reino Unido, cerca de uma em cada 225 gravidezes termina com um nado-morto.

De forma a alertar as mulheres para a importância de dormir de lado no último trimestre da gravidez, foi lançada uma campanha no Reino Unido, ‘Dormir de lado’.

Edward Morris, vice-presidente de Qualidade Clínica do Royal College of Obstetricians and Gynecologists, sublinha a importância deste estudo: “Este é um estudo importante que refere que a posição do sono no final da gravidez é um fator de risco modificável para o nascimento de bebés mortos.

A pesquisa é extremamente bem vinda, já que um número significativo de bebés que nascem mortos permanece inexplicável, particularmente aqueles que são fruto de gravidez tardia”.