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Provedor da Santa Casa de Lisboa diz que banco Montepio “não precisa de ser salvo”

Edmundo Martinho disse que o investimento na Caixa Económica Montepio Geral não se trata de um “salvamento” do banco e que há 20 a 30 instituições de solidariedade também interessadas.

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Provedor da Santa Casa de Lisboa diz que banco Montepio “não precisa de ser salvo”

Lisboa, 04 abr (Lusa) — O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa disse hoje que o investimento na Caixa Económica Montepio Geral não se trata de um “salvamento” do banco e que há 20 a 30 instituições de solidariedade também interessadas em participar.

“Nunca seria um investimento deste tipo que salvaria o que quer que fosse, e este banco não precisa de ser salvo. […] Esta operação não tem que ver com qualquer salvamento, com socorro financeiro”, disse Edmundo Martinho, no parlamento, aos deputados da Comissão de Trabalho, justificando com os rácios de capital do banco.

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Segundo o provedor, em causa está a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) ficar com 1% do capital do banco Montepio em troca no máximo de 18 milhões de euros. Tal investimento, a concretizar-se, avalia o banco em cerca de 1.800 milhões de euros.

O responsável disse ainda que, neste processo, “desde a primeira hora” a Santa Casa pôs “como condição não entrar sozinha” no capital do Montepio e referiu que, de momento, há “duas ou três dezenas de instituições que irão participar”, ainda que de forma simbólica.

Edmundo Martinho considerou que a entrada da SCML na Caixa Económica Montepio é “estratégica”, uma vez que reforça a sua capacidade de intervir no setor da economia social, até porque — acrescentou – a concretização do investimento no Montepio implica que a instituição participe nos órgãos de gestão do Montepio, através da indicação de duas pessoas para administradores não executivos.

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Sobre o relatório de avaliação à CEMG que o banco de investimento Haitong está a preparar para a Santa Casa, afirmou que de momento ainda só tem um ‘draft’ (rascunho) e que espera pelo relatório final para o dar a conhecer.

Além do estudo ao Haitong, a Santa Casa pediu ainda que o seu auditor, a Baker Tilly, avaliasse se um investimento deste tipo poria em causa a sua obra, referindo Edmundo Martinho que lhes foi assegurado que poderiam manter os compromissos mesmo com o investimento no Montepio.

“Não se pode acusar a Santa Casa de ter decisões que ponham em risco a capacidade de intervir na sociedade portuguesa e em Lisboa em particular”, afirmou.

Nos últimos meses foi muito falada a possibilidade de a SCML entrar no capital do banco Montepio, tendo sido mesmo referido uma participação de 10% do capital social em troca de um investimento de cerca de 200 milhões de euros.

Esse montante foi muito polémico e o valor agora referido é mais abaixo.

Além da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa deverão entrar no capital do banco Montepio outras santas casa e instituições de solidariedade social de todo o país, mas com participações simbólicas.

Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (único acionista da Caixa Económica Montepio Geral), tem dito que a entrada de instituições da economia social no banco é o primeiro passo para criar “um grande grupo financeiro da economia social.

Edmundo Martinho foi presidente do Instituto de Segurança Social entre 2005 e 2011, durante governos PS, e era vice-provedor da SCML até à saída de Santana Lopes, em dezembro de 2017, cargo que deixou para concorrer à liderança do PSD.

IM // JNM

Lusa/fim

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