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Pivô da RTP quebra o silêncio após críticas: “Não ataquei ninguém […] Tudo o que disse é factual…”

O jornalista Hélder Silva reagiu hoje às acusações de que teria atacado uma estação concorrente…

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Pivô da RTP quebra o silêncio após críticas: “Não ataquei ninguém […] Tudo o que disse é factual…”
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O jornalista da RTP Hélder Reis reagiu hoje às críticas de que foi alvo nos últimos dias, depois da alegada “resposta” no encerramento do “Jornal da Tarde”, na sequência da polémica com a reportagem da TVI.

No final do “Jornal da Tarde” da RTP, o pivô terminou o espaço informativo com uma mensagem, que foi entendida por alguns como uma resposta à TVI:

“Hoje a região norte ultrapassou a barreira dos 10.000 infectados, mais de 60% do total do país. Há muito se sabe que o virus não distingue educação, a cultura, os pontos cardeais e nem sequer a pronúncia”, declarou o jornalista Hélder Silva.

Reveja aqui o video:

Ao fim do dia, e já no final da conversa com o director de informação da TVI em estúdio, José Alberto Carvalho parecia ter dado “resposta” à alegada “bicada” da RTP.

“Não é bonito ironizar sobre os erros dos outros”, afirmou o jornalista da TVI.

Depois de saber que a TVI não quis transmitir o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa gravado pela estação pública, Hélder Silva recorreu às redes sociais para dar a sua visão dos factos.

“Mantive-me calado durante mais de 48 horas para evitar o agravamento de qualquer cisão num país que, por estes dias, precisa de estar mais unido do que nunca. É, repito, apenas isso que me move. Mas depois de ter lido o que escreveram alguns colegas de profissão – poucos, felizmente, decidi publicar este esclarecimento“, começa por escrever Hélder Silva.

O pivô explica que apenas fez o que sempre tem feito desde o início da pandemia: “Há dois dias, fiz o que tenho feito desde o início da pandemia. Sugeri uma música para fechar o ‘Jornal da Tarde’: GNR/Isabel Silvestre – ‘Pronúncia do Norte’. Não esperava com isso explicar os motivos da exponencial diferença de número de mortos e infetados pela COVID-19 entre o norte e o resto do país! Essa explicação já a demos há muito na RTP porque o fenómeno tem semanas”.

O pivô nega as acusações de ataque a uma estação concorrente, revelando que tudo o que disse é factual: “Não ataquei ninguém, não fiz qualquer referência a erros de qualquer estação concorrente. Tudo o que disse é factual. Aparentemente, aos olhos de alguns colegas de profissão – poucos, felizmente – o que fiz é mais grave do que dizer-se e escrever-se que 35% da população portuguesa morre ou está infetada porque é ‘menos educada, mais pobre e envelhecida’. Sim, porque o problema não foi apenas aquele título. Aquilo foi dito na reportagem em causa“, acrescenta ainda o jornalista.

“Desde o início da Pandemia, apresentei o Jornal da Tarde, pelo menos 18 dias. Fechamos praticamente todos com música sugerida por mim. Italiana, quando o surto devastou Itália. Espanhola, quando a epidemia derrotou Espanha. Mas agora que o Norte de Portugal ultrapassou os dez mil infetados, não podia fazer qualquer referência à região sob pena de melindrar quem dividiu em vez de unir, com um ‘erro grosseiro’ – como os próprios admitiram – que não deveria ter ocorrido nem ali ‘nem em jornal nenhum’?! A sério?! A isto chama-se ‘virar o bico ao prego’”, explica.

“Como português e não como jornalista ou nortenho, registo com agrado o pedido de desculpas da TVI. Na RTP, vários diretores demitiram-se ou foram demitidos por muito menos. Já pedi desculpas muitas vezes quando errei e mesmo quando disso não tinha qualquer responsabilidade Registo igualmente algo que não deixa de ser paradoxal. Que alguns profissionais que mais escrutinam a sociedade – poucos, felizmente – sejam tão susceptíveis ao escrutínio dos seus próprios erros. A esses colegas de profissão que se sentiram muito ofendidos, aceitem por favor as minhas desculpas! Agora vou focar-me em fazer o que sempre tentei fazer com rigor: notícias“, concluiu.

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