“Pipoca Mais Doce” explica ‘ameaça’ e recebe elogios: “Quando ontem ameacei sair, não o fiz por birra…”

Ana Garcia Martins, mais conhecida como “A Pipoca Mais Doce” travou ontem uma “batalha” na gala do “Big Brother”. A comentadora ameaçou até sair do painel de comentadores caso não houvesse uma admoestação aos comentários que considera homofóbicos dirigidos por vários concorrentes a Pedro Crispim, seu colega de painel.

A comentadora lançou duras críticas à atitude da produção do Big Brother, que mais tarde pediu que Joana Diniz justificasse os seus comentários, antes de apresentar a sua Curva da Vida. Depois disso, Ana Garcia Martins voltou a criticar a produção: “A idade não serve de desculpa para tudo. Tudo isso encerra preconceitos que têm de ser mudados e a própria Joana afirmou que o comentário dela foi malicioso. Tudo isto são pequenas coisas que perpetuam os preconceito e são coisas que devem de ser mudadas. Não podemos estar sempre a branquear este tipo de comportamentos e estar sempre a desculpar. Tanto está a ser branqueado, porque se eu não trouxesse este assunto, não seria falado“, afirmou.

Questionada por Teresa Guilherme sobre se estava presente na gala da próxima semana, a blogger esclareceu: “Estou cá para a semana, foi feito o pedido de desculpas e o assunto vai ser falado e, por isso, é que aceitei fazer parte“.

Esta tarde, Ana Garcia Martins recorreu às redes sociais para, num longo texto, vincar a sua posição, revelando que também ela tem sido preconceituosa ao longo da vida, mas que procura corrigir essa faceta, melhorando como pessoa:

“Há uns tempos corria uma campanha aqui pelo Instagram em que várias figuras públicas se assumiam como “preconceituosos em desconstrução”. Um diziam ser machistas, outros homofóbicos, outros racistas, e explicavam porquê. Estamos a falar de pessoas muito conhecidas e que, de uma forma geral, todos vemos como tolerantes, bem formadas e incapazes de perpetuar qualquer tipo de preconceito. Mas, a verdade, é que todos nós os temos. Em maior ou menor escala, de forma mais ou menos latente, mas temos, mesmo que achemos que não. Eu não sou diferente. Por mais que não queira, percebo que há pequenos gestos ou pensamentos que fazem com que também eu tenha a minha dose de preconceito. Tem a ver com o nosso percurso, a forma como crescemos, o que fomos ouvindo, uma data de condicionantes históricas, sociais e culturais. Mas sempre que percebo isso, tento contrariá-lo, e acho que é isso que nos faz evoluir, preferencialmente para melhor”, começa por explicar a comentadora.

“Tenho a certeza que continuo a ter alguns preconceitos enraizados, mas também tenho a certeza de que são muito menos do que há uns dez, quinze ou vinte anos, porque me esforço para ser melhor. Quando alguém diz que prefere ser mulherengo do que gay, quando alguém diz que um gay é só “mais ou menos homem”, isso é preconceito. E ambas as situações aconteceram no Big Brother. E não podem ser escamoteadas com um “estavam só a brincar, não disseram por mal”, porque mesmo que até seja verdade, o preconceito está lá. E a maldade também”, explica ainda Ana Garcia Martins.

“E quando se relativiza e se deixa passar, estamos só a ser coniventes e a permitir que mais alguém seja enxovalhado pela sua orientação sexual”, reforça a comentadora, que termina com uma explicação sobre o episódio de ontem, e um agradecimento pelo apoio que recebeu:

“Quando ontem ameacei sair, não o fiz por birra. Fi-lo para marcar uma posição e defender uma causa. Pedi que houvesse, pelo menos, uma admoestação e – apesar do pedido de desculpas miserável – a admoestação aconteceu. E o assunto foi falado e gerou debate e mexeu com as pessoas, que também é o que se quer num programa destes. Porque acredito que a tal desconstrução (a minha e a dos milhares que assistem ao BB) também passe por isto. Vamos aos poucos 👊🏻 Obrigada pelo vosso apoio ❤️“, declarou.

Na caixa de comentários da publicação foram muitos os que deixaram mensagens de apoio: “Mulher de garra” ou “A maior daquela porra toda 🔥”, pode ler-se.

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