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Pedro Chagas Freitas partilha “carta” escrita ao filho: “Perdoa-me as lágrimas…”

Pedro Chagas Freitas partilhou no Instagram uma “carta” para o seu filho Benjamim.

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Pedro Chagas Freitas partilha “carta” escrita ao filho: “Perdoa-me as lágrimas…”
Reprodução | Redes sociais

Pedro Chagas Freitas recorreu este domingo, 1 de dezembro, à rede social Instagram para partilhar uma “carta” ao seu filho Benjamim.

O escritor começou por referir: “Quando fores maiorzinho perdoa-me, meu filho. Perdoa-me não ser a pessoa perfeita que agora pensas que sou, porque nunca o fui e nunca o serei, mas sabe-me tão bem, agora que és tão pequeno e tão grande em mim, sentir-me o mais forte dos seres, o mais fabuloso dos super-heróis quando me sorris com esse sorriso inteiro, esse sorriso que me faz ser gente como nunca antes de ti o fui”.

“Perdoa-me as insuficiências, as incapacidades, as limitações: perdoa-me não conseguir decidir sempre bem, pensar sempre bem, encontrar sempre a melhor saída para cada problema, ou até mesmo não ser capaz de evitar todos os problemas que te poderão aparecer; queria proteger-te deles, fazer de mim o teu muro, deixar que as ondas batessem em mim e me fossem destruindo pouco a pouco, e tu atrás, seguro, confortável, com esses olhos grandes que me fazem gigante, com essa tua maneira de ser que me ensina todos os dias a ser, mas não dá, não dá”, acrescentou.

Pedro Chagas Freitas escreveu: “Perdoa-me as lágrimas que choro agora, são apenas as lágrimas com que te agradeço, as lágrimas com que me encontro contigo e te ensino que chorar é apenas mais uma parte de viver, como andar ou saltar, como rir ou pensar, somos também feitos de lágrimas, feitos de extremos que nos inundam, e a felicidade plena faz chorar como a tristeza profunda faz chorar, como até a ansiedade faz chorar, o que não faz chorar é o que não se sente, e isso não é aquilo que tu és, porque sentes, sentes tudo, e ris tanto, e falas tanto mesmo que ainda não fales, e queres tanto mesmo que ainda não saibas bem porquê; quer, quer sem medo ou com medo mas com vontade de ir mesmo com medo, quer muito, quer continuar, quer mudar, quer fazer, quer ir até ao final do que sentes ou ao final do que queres sentir, pois quem não sente, já o sabes de certeza, nem sequer é gente”.

“Perdoa-me, meu filho. Eu já me perdoei ter chamado vida ao que me acontecia antes de ti: tinha tudo e mesmo assim faltava-me tudo. Perdoa-me, meu filho”, terminou o escritor, que deixou a nota de que o seu livro, “A Raridade das Coisas Banais”, está disponível em todos os hipermercados e livrarias.

Veja a publicação:

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