Cinema
Óscares 2016 envolvidos em polémica e acusados de racismo
A atriz Jada Pinkett Smith e o realizador Spike Lee vão boicotar a cerimónia não se apresentando.
São já várias as criticas de actores e músicos afro-americanos à academia sobre as nomeações deste ano aos Óscares, por não haver qualquer actor negro, ou qualquer filme sobre afro-americanos nas escolhas.
A atriz Jada Pinkett Smith e o realizador Spike Lee foram os primeiros actores a manifestar o seu desagrado nas redes sociais, informando que iriam boicotar a cerimónia não se apresentando.
A mulher de Will Smith fez um video que postou no seu facebook, onde, no seu discurso ouvem-se palavras ao povo afro-americano, “Implorar reconhecimento, ou até pedir, diminui a nossa dignidade, diminui o nosso poder e nós somos um povo digno e poderoso.”, e à academia (…) “a Academia tem o direito de reconhecer quem quiser, de convidar quem quiser … mas talvez seja altura de dar menos importância aos prémios “mainstream” e investir noutros projetos, talvez seja altura de tirarmos os nossos recursos e investirmos nas nossas comunidades e nos nossos programas”.
We must stand in our power.
Publicado por Jada Pinkett Smith em Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016
Spike Lee, que este ano será homenageado na cerimónia, postou uma nota no seu instagram, criticando a mesma situação e apelou mesmo ao boicote, informando que não se irá apresentar.
O realizador afirma que “É tempo de tomar uma posição que não é segura, nem política, nem popular, mas temos de tomá-la porque a nossa consciência nos diz que não está certo”
Mas estes foram apenas os primeiros a manifestarem-se, porque a indignação está por toda a comunidade de Hollywood, e não são apenas aos actores negros a insurgirem-se, George Clonney também manifestou a sua indignação.
Nas suas declarações, o já vencedor de duas estatuetas, disse que: “Costumávamos ser melhores (…) Se olharmos para há dez anos atrás, a Academia estava a fazer um trabalho melhor (…) têm razão quando dizem que a indústria não os representa bem, filmes como Creed, Concussion, Beasts of No Nation ou Straight Outta Compton deveriam ter tido mais nomeações. E apenas estamos a falar de afro-americanos, com os hispânicos a situação é bem pior. Temos que melhorar.”
No seguimento dos acontecimentos , a presidente da academia Cheryl Boone Isaacs fez um comunicado onde admite que ainda há muito a fazer contra a descriminação racial nos Óscares, afirmando que irá ser feita uma revisão ao recrutamento de sócios, “a fim de trazer a tão necessária diversidade da nossa classe em 2016 e além” prometendo uma mudança radical no futuro.
A statement from Academy President Cheryl Boone Isaacs pic.twitter.com/Nqhgc7sbqG
— The Academy (@TheAcademy) 19 janeiro 2016
Cheryl Boone Isaacs não deixou no entanto de congratular o trabalho dos que foram anunciados como nomeados “Gostaria de agradecer a maravilhosa obra dos nomeados deste ano.”
Com toda esta polémica o receio agora está sobre a eventual presença do actor/comediante Chris Rock que foi a figura convidada para fazer a apresentação da cerimónia.
The #Oscars. The White BET Awards. https://t.co/8qjLR0uysI
— Chris Rock (@chrisrock) 15 janeiro 2016
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