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Oi garante que resultados de 2018 serão positivos e quer aumento de capital até junho

A operadora brasileira Oi, em recuperação judicial, garantiu hoje que o resultado líquido da companhia relativo a 2018 “voltará a ser positivo”, após prejuízos de 6,4 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros) no ano passado.

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Oi garante que resultados de 2018 serão positivos e quer aumento de capital até junho

Redação, 13 abr (Lusa) – A operadora brasileira Oi, em recuperação judicial, garantiu hoje que o resultado líquido da companhia relativo a 2018 “voltará a ser positivo”, após prejuízos de 6,4 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros) no ano passado.

“Em 2017, o efeito acumulado dos ativos […] implicou um património líquido negativo, mas com os ajustes previstos para 2018, com a reestruturação da dívida e a conversão em capital, o património líquido da companhia voltará a ser positivo”, garantiu o diretor financeiro da Oi, Carlos Brandão, numa conferência telefónica com jornalistas sobre os resultados do ano passado.

O responsável precisou que as “duas etapas principais que separam a Oi” do aumento de capital são “o reconhecimento do plano de recuperação judicial da companhia nas subsidiárias” e a “conversão da dívida em ações”.

E “estarão concluídas ainda no primeiro semestre”, estimou Carlos Brandão, referindo que o aumento de capital deverá rondar os quatro mil milhões de reais (956 milhões de euros).

Segundo a informação enviada ao mercado no Brasil e hoje publicada no ‘site’ da Oi e divulgada em Portugal pela Pharol (principal acionista), o prejuízo atribuído aos acionistas da Oi passou de 8,0 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros) em 2016 para perdas de 6,4 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros) no ano passado, baixando 20,7%.

Por seu lado, a receita líquida total foi de 23,790 mil milhões de reais (5,7 mil milhões de euros), caindo 8,5% face ao resultado do ano anterior, que tinha sido de 25,9 mil milhões de reais (6,2 mil milhões de euros).

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também diminuiu 6,8% de 6,7 mil milhões de reais (1,6 mil milhões de euros) em 2016 para 6,2 mil milhões de reais em 2017 (1,48 mil milhões de euros).

Em sentido inverso, a dívida líquida aumentou 18%, passando de 40,3 mil milhões de reais para 47,6 mil milhões de reais.

Também o investimento subiu, tanto no Brasil como fora, sofrendo um acréscimo de 16% devido essencialmente à aposta em infraestruturas: era de 4,9 mil milhões de reais em 2016 e passou para 5,7 mil milhões de reais no ano passado.

De acordo com Carlos Brandão, o ano de 2017 representou o “encerramento de um capítulo importante de reestruturação da dívida, abrindo um novo capítulo para 2018 que é o da reestruturação do negócio”.

Para isso, segundo o responsável financeiro, a Oi vai continuar a investir em áreas como a cobertura móvel e a banda larga.

“A solução para continuar a crescer é acelerar os investimentos”, sustentou, falando em montantes que deverão ascender aos sete mil milhões de reais (1,7 mil milhões de euros) este ano.

Intervindo na ocasião, o presidente da Oi, Eurico Teles, notou que “2017 foi um ano tenso e de muitas mudanças”, no qual a Oi “se voltou para dentro e se concentrou nas suas operações”.

“Vamos agora continuar a trabalhar com uma energia total para criar uma nova Oi”, assegurou, adiantando que a operadora “sairá fortalecida da recuperação judicial”.

A Oi está num processo de recuperação desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).

O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.

A Pharol é acionista de referência da Oi, com 27% das ações. A concretizar-se a operação, a Pharol deverá passar a deter uma participação menor.

Segundo noticia hoje a publicação brasileira Valor Económico, a Pharol, que detém 22,24% da Oi através da sua subsidiária Bratel, passará a deter 7,66% após a conversão da dívida.

ANE // MSF

Lusa/Fim

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