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‘Mulheres, às Armas’. De férias, Cristina Ferreira realça: “A vida é muito curiosa…”

Cristina Ferreira falou da minissérie ‘Mulheres, às Armas’ e de uma curiosidade que envolve as suas férias…

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‘Mulheres, às Armas’. De férias, Cristina Ferreira realça: “A vida é muito curiosa…”
Reprodução | Redes Sociais

Cristina Ferreira recorreu esta sexta-feira, 11 de abril, ao seu Instagram para partilhar uma curiosidade, que envolve as suas férias e a minissérie ‘Mulheres, às Armas’, idealizada por si, que já estreou na TVI.

A diretora de entretenimento e ficção do canal 4 escreveu: “A vida é muito curiosa. Quando tive a ideia para a série ‘Mulheres, às Armas’ estava longe de imaginar que estaria, precisamente hoje, em África. O meu pai esteve na guerra em África. O filho mais novo da minha avó Gertrudes embarcou para o combate com pouco mais de 20 anos. Profundamente triste, a minha avó, vestiu-se de negro, um luto que durou até ao seu regresso, e foi buscar a minha mãe para juntas viverem a dor e a saudade”.

“Vi, dezenas de vezes as fotos que guardam essa memória. Estão, ainda hoje, numa gaveta da sala dos meus pais. Ao lado as cartas. Cartas de um amor marcado pela ausência, pela incerteza, pelo medo e, às vezes, o desespero de não receber resposta. No dia em que voltou, corria o mês de dezembro de 1975, foram esperar, todos os da família, o António que vinha no navio. A minha tia Maria foi o primeiro a vê-lo. Ele, que não tinha avisado ninguém que vinha (nunca gostou de surpresas) tinha todos à espera”, recordou.

Leia também: ‘Mulheres, às Armas’. Conheça as audiências da “ideia” de Cristina Ferreira

Cristina Ferreira escreveu ainda: “Todas as histórias me foram contadas pelas mulheres da família. As emoções eram delas. E em cada casa há uma memória desse tempo em que o meu pai esteve na guerra. A prima Alda que no dia do casamento só tinha uma foto do meu pai. O quadro trazido de Angola na sala da tia Quitas. Um só homem a cruzar as histórias de tantos. Até hoje o meu pai nunca falou muito da guerra. A não ser dos companheiros. Nunca mais saiu do país. E não lhe conheço, verdadeiramente as marcas que ficaram. Mas sei das emoções delas. As que ficaram”.

A apresentadora do ‘Dois às 10’ revelou o processo “criativo” de ‘Mulheres, às Armas’: “Foi está a história que contei à Filipa Martins, a autora da série. Disse-lhe: ‘esta é a minha história, quero que sejas tu a contar as histórias das mulheres que enfrentaram outra guerra cá. Está a minha mãe, a minha avó, a mãe dela, a tua avó, a tua mãe, uma geração inteira’. A Patrícia Sequeira é a incrível diretora de projeto, a única realizadora que eu sabia que podia sentir esta história. Estreia uma obra de vida. A arte é das mulheres que ‘combateram’ a saudade, o medo e a desigualdade. Passaram 50 anos. A luta continua. Esta é a história de todos. Do que somos”.

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