Menino órfão, de 7 anos, trabalha a entregar encomendas. O caso está a comover os internautas

A história de um menino órfão, de apenas 7 anos de idade, e que trabalha a entregar encomendas na China, gerou debate e comoção nas redes sociais, sobre a pobreza na infância, e o acesso à educação no país.

Um vídeo publicado no site Pear Video, mostra o menino, apelidado de “Pequeno Li” e entregar pacotes na cidade de Qingdao, no leste da China. As imagens foram vistas mais de 18 milhões de vezes como conta a BBC.

O “Pequeno Li” que perdeu o pai, e não tem contacto com a mãe, depois de ela se ter casado novamente. O menino  vive com um amigo do pai desde os três anos.

O homem trabalha com entregas, e o menino passou a acompanhá-lo nesses momentos, depois de eles se mudarem da região rural da Província de Shandong. Hoje, o menino faz entregas sozinho.

Nas redes sociais, muitos disseram estar tristes com a situação do garoto, e manifestaram preocupação com o seu bem-estar e o desejo de que ele tenha uma “vida melhor”.

O vídeo foi o ponto de partida para um debate sobre crianças pobres na China. Alguns usuários classificaram a condição do Pequeno Li como uma “tragédia”, e apontaram falhas ao sistema de segurança social chinês.

Este é, apenas, mais um dos milhares de casos de pobreza e exploração infantil na China. A imagem do “Ice Boy” comoveu a internet na semana passada.

O menino, de apenas 10 anos de idade, e que foi apelidado de “Snowflake Boy” (rapaz floco de neve), ficou viral, e foi notícia em todo o mundo, do dia para a noite, depois de ter caminhado até à escola para não falhar os exames, com temperaturas negativas.

A fotografia, que ficou viral, foi tirada pelo professor da escola primária Zhuanshanbao, na China, quando a criança chegou à escola.

A internet apelidou-o de “Ice Boy” e, em pouco tempo, a escola recebeu mais de 12.000€ em doações, 20 equipamentos de aquecimento, e várias centenas de peças de roupa quente.

De acordo com o director, a escola tenta assistir este e outros meninos o máximo que pode, proporcionando-lhes pequeno-almoço por exemplo, mas admitiu que as salas de aula não são devidamente aquecidas por falta de financiamento.

Depois de ouvir a história de Wang, a Fundação de Desenvolvimento Juvenil de Yunnan, na China, lançou uma campanha de doação pública para crianças de famílias pobres.

O menino está entre os milhões de crianças de áreas pobres da China, que vivem sem os pais, que têm que se deslocar para as grandes cidades para conseguir trabalho. O menino vive com os avós e com a irmã, em condições de extrema pobreza, depois de ter sido abandonado pela mãe. Raramente vê pai, que foi à procura de trabalho longe de onde vive.