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Matilde Breyner recorda perda gestacional: “Tenho uma manta com o cheiro dela”

“Interromper a gravidez foi um ato de amor”, afirmou a atriz.

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Matilde Breyner recorda perda gestacional: “Tenho uma manta com o cheiro dela”
TVI

Matilde Breyner sentou-se à conversa com Manuel Luís Goucha no programa das tardes da TVI desta quinta-feira, 10 de novembro, para a primeira entrevista sobre a perda gestacional que sofreu em julho. Um momento que comoveu profundamente o país e que levou o casal a ser ‘abraçado’ por uma onda de carinho sem precedentes, motivo que levou a atriz a abrir o coração para recordar os duros pormenores sobre o diagnóstico da bebé Zoe.

“Comecei a perceber que era sério [depois da ecografia morfológica]. Começámos a fazer exames e os médicos desde o início disseram-nos ‘é isto’. Não vou explicar o diagnóstico porque é tão íntimo e pessoal que acho que tenho de me proteger de alguma forma. Os médicos prepararam-nos, disseram-nos que era mau”, começou por recordar.

A atriz submeteu-se depois ao exame da Amniocentese, que se revelou fatal. “[Eu e o Tiago] ficámos dois dias em silêncio, a digerir aquilo na nossa cabeça. Tinha muito medo em falar com ele e não estarmos o dois na mesma página. Até que um dia fomos para a cama, eu disse: ‘Temos de falar, a minha opinião é esta’. Ele disse: ‘Eu também’. E os médicos deram-nos sempre a hipótese de interromper a gravidez e foi isso. Foi um ato de amor”, continuou.

Católica e profundamente crente, Matilde Breyner garante que a tragédia familiar nunca abalou a sua fé. “Sei que o que eu e o Tiago fizemos é um ato de amor. Estava em paz”.

O casal procurou ajuda com a psicóloga Joana Martins, que o aconselhou a “enfrentar tudo”. “Tinha pedido ao médico para estar a dormir e o médico recusou, a Joana disse-nos que era isso que nos ia salvar. Tive tudo, todas as dores de um parto, tive um parto. Epidural, contrações, senti-a a nascer. Foi o que a psicóloga nos disse: ‘Mais vale enfrentarem tudo naquele dia do que depois virem-se a arrepender’. Ela disse para tirarmos fotografias. O Tiago tirou imensas fotografias. Não revejo as fotografias recorrentemente porque ainda tenho a imagem muito presente em mim, mas conforta-me muito saber que quando quiser ver, vou ao telefone e vejo”, relatou.

“Li que deram muitos beijos, amor e despediram-se dela”, disse Manuel Luís Goucha, não conseguindo conter as lágrimas. “A psicóloga deu-nos a sugestão de levarmos uma manta para a maternidade para a embrulhar e depois trazermos a manta para casa. Porque vir para casa sem nada é terrível. […] Tenho essa manta em casa, tem o cheiro dela”, contou ainda.

Atriz confessou que, depois do parto e apesar do apoio incansável que recebeu na Maternidade Alfredo da Costa, ansiou pela chegada a casa, onde se deparou com todas as coisas que pertenciam à bebé. “Não me custou nada chegar a casa, antes pelo contrário. Cheguei, olhei para as coisas dela, com ela muito presente na minha cabeça, e foi lindo”, rematou.

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