Marina Mota recorda tuberculose pulmonar: “Tinha que limpar o sangue para ir cantar…”

Marina Mota foi a última convidada do programa “Conta-me Como És”, na TVI.

A atriz esteve à conversa com Fátima Lopes sobre a sua vida pessoal e profissional e a dada altura, foi surpreendida com uma mensagem de uma amiga, Rosa Vieira, que referiu:

“Foste um dos maiores presentes da minha vida no teatro. É público que a Marina teve um problema de saúde que, aliás, foi aqui detetado, quando estávamos a fazer uma revista”, começou por dizer, recordando uma fase difícil da amiga:

“A Marina tinha umas mudanças muito rápidas para vir para o palco e não foi fácil, nada fácil vê-la a pedir-me: “Rosinha dá aí papel, Rosinha dá aí papel”. Eu dei-lhe papel, a Marina limpava a boca para vir para palco. Eu nunca tinha visto ninguém sacrificar-se assim em prol da sua profissão“, contou.

Realçou depois “a sua raça como mulher, o seu profissionalismo e acima de tudo, o respeito pelo público”, terminando com uma declaração de amor:

“Meu amor, sabes que te amo incondicionalmente, fazes parte do meu corpo humano. Desejo-te o melhor do mundo, quer a nivel pessoal e profissional e eu quero morrer velhinha junto a ti”.

Foi então que Marina Mota, visivelmente agradecida pela mensagem, explicou o episódio que Rosa Vieira contou:

“O que aconteceu foi que tive uma tuberculose pulmonar em 1985 (…) tínhamos dois espetáculos todos os dias, de terça a domingo… e calhou no dia em que tinha matiné no dia a seguir”, começou por referir.

“O que ela se estava a referir ao papel é que eu tive hemoptises e portanto era natural, tinha sangue e tinha de limpar o sangue para ir cantar e voltar cá para fora e assim foi, porque o público estava na sala, a casa estava esgotada e se não o fizesse, não havia espetáculo e então houve”, concluiu.

Vê o momento aqui, ao minuto 12:55.