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Manuel Luís Goucha lê carta que a mãe deixou e emociona-se: “Julgo que estou capaz…”

Maria de Lourdes Sousa morreu aos 101 anos e deixou uma carta aos dois filhos.

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Manuel Luís Goucha lê carta que a mãe deixou e emociona-se: “Julgo que estou capaz…”
Reprodução | Redes sociais

Através dos seu Instagram, este sábado, 17 de agosto, Manuel Luís Goucha partilhou com os seus seguidores o conteúdo de uma carta deixada pela sua mãe, Maria de Lourdes Sousa, que morreu no passado dia 9, aos 101 anos.

O apresentador começou por dizer: “Devido às minhas funções profissionais, eu sou uma pessoa conhecida há mais de 40 anos e, por isso, tenho uma exposição pública maior que a maioria das pessoas […]”.

Manuel Luís Goucha continuou: “Sempre entendi que a dor é uma coisa muito íntima e, por isso, não é partilhável. Esta foi a razão que me levou a não publicar nada na última semana sobre a partida da minha mãe. Faço-o hoje e quero agradecer as inúmeras mensagens de carinho que fui recebendo nas redes sociais. Estou muito grato à vida por me ter dado a minha mãe durante 69 anos. Sinto-me um privilegiado por isso mesmo […]”.

“Hoje sinto-me mais sereno para falar da minha mãe. Oito dias após a sua partida. Estou a falar-vos de uma mulher que, aparentemente, não era uma mulher de afetos e de toque – tal como eu não sou […]. Sempre procurei entendê-la […]”, frisou o apresentador da TVI.

“Morre aos 101 anos, tal como queria, serenamente na sua casa e na sua cama”, revelou Manuel Luís Goucha. “Deixou-nos uma carta que, surpreendentemente, eu e o meu irmão desconhecíamos existir. Esta carta foi escrita em 2003, há 21 anos, no dia 8 de junho. Apenas o seu neto mais novo, o Filipe, sabia da existência desta carta endereçada aos filhos Manuel Luís e Carlos Jorge”.

O anfitrião, depois de falar da sua vida da sua mãe e de memórias que colecionou com ela, leu o conteúdo da carta, escrita num momento em que a mãe estava frágil em termos de saúde e talvez pensasse que ia morrer. “Julgo que estou capaz de a partilhar consigo”, disse Manuel Luís Goucha antes de ler.

“Meus filhos, Manuel Luís e Carlos Jorge, quando morrer, quero ser cremada. Mais uma vez vos peço que quero ser cremada e deitem as minhas cinzas ao mar, porque eu sou da terra dos pescadores. Estarei sempre com vocês e peço que não sofram com a minha partida, mas não se esqueçam de mim. Eu sempre vos amei muito, foram a minha alegria, foram a coisa mais linda e melhor que tive na vida. Por vocês, daria a minha vida. Sejam amigos e, de vez em quando, pensem na vossa mãe e mandem-me um beijo que eu recebo-o onde estiver. E também mandarei muitos, para vocês meus filhos, para os meus netos, para a Isabel e para o Rui. Muitos beijos. Adeus, até um dia. Estarei sempre perto de vocês e peço a Deus por vocês, meus filhos e pelos meus netos. Muitos beijos e até sempre”, podia ler-se na carta deixada por Maria de Lourdes Sousa.

“É a minha mãe a surpreender-nos após a morte e eu tenho a certeza de que ainda me vou surpreender muito mais […]. Beijo mamã e obrigado”, finalizou Manuel Luís Goucha.

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