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Manuel Luís Goucha ‘abre o coração’ sobre entrevista a Tony Carreira: “Conversa em ferida… a mais difícil”

No editorial da MC News que assina esta quarta-feira, Manuel Luís Goucha desabafou sobre a conversa com Tony Carreira…

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Manuel Luís Goucha ‘abre o coração’ sobre entrevista a Tony Carreira: “Conversa em ferida… a mais difícil”
Manuel Luís Goucha/Instagram

Foi na passada segunda-feira, dia 17 de maio, que Tony Carreira concedeu a primeira entrevista pública após o falecimento da filha Sara em dezembro de 2020. A conversa foi conduzida por Manuel Luís Goucha e emitida na TVI após o ‘Jornal das 8’.

O cantor abriu o coração e falou da dor de perder uma filha, que considera como a “mulher da sua vida”, mas também falou sobre o futuro, o regresso às canções e a criação da Associação Sara Carreira, que vai ajudar 21 jovens a concretizarem os seus sonhos através da atribuição da Bolsa de Estudo Sara Carreira.

Mais de uma semana depois da conversa, Manuel Luís Goucha partilhou no editorial da MC News desta quarta-feira, dia 26 de maio, como se sentiu ao ter conhecimento de que ia conversar com Tony Carreira.

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A informação chegou-me há uns dois meses, no decorrer de uma reunião marcada para tratar de assuntos relativos ao programa das tardes: ‘O Tony, quando se sentir capaz, é contigo que quer conversar’. Calei-a, como quem protege um segredo, desejando no íntimo que fosse o mais tarde possível, consciente da importância mediática que tal conversa assumiria, mas igualmente do doloroso que seria mexer numa vida suspensa, num vazio que cresce“, começa por escrever.

Manuel Luís Goucha relata, de seguida, como geriu o dia que antecedeu a conversa: “O dia chegou depois de uma noite de luar apagado, horas pesadas e inquietas. Não havia como fugir, era chegado o momento de cumpliciar a dor de um pai que morre na morte da sua filha“, conta.

Daí que tivesse sido uma conversa em ferida. De todas, a mais difícil. Perante mim, um amigo amado, grande na sua vulnerabilidade. Foi uma conversa de olhos molhados, silêncios que doem, gritos que vibram na alma. Era deixá-lo ir, apenas isso e tanto era, ao ritmo da memória que não se apaga, de gestos que são revolta ou prece, das sombras que amaldiçoam“, acrescenta.

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Sobre a conversa, o apresentador desabafou: “Foi conversar sem princípio nem fim. Foi estar, seguindo-lhe o pensamento e dando-lhe a mão. Perdi a noção do tempo, achando desnecessárias as palavras quando o silêncio era maior. Acabei só naquela manhã líquida e foi naquele abraço, que não quis castigar em nome das regras de segurança a que somos aconselhados e julgando que as câmaras já se tinham desligado, que me salvei“.

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