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Mãe em morte cerebral foi mantida viva 123 dias para dar à luz gémeos

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Mãe em morte cerebral foi mantida viva 123 dias para dar à luz gémeos

Frankielen da Silva Zampoli, uma brasileira com 21 anos, estava grávida de gémeos quando teve uma hemorragia cerebral. É um caso semelhante ao de Lourenço, conhecido em Portugal como o “bebé milagre”.

A família, e os médicos do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, Brasil, decidiram mantê-la viva, mesmo depois da morte cerebral, para salvar os dois bebés gémeos.

O processo foi concluido com sucesso na segunda-feira, dia 20 de fevereiro: os bebés nasceram depois de
123 dias a lutar pela vida.

Frankielen chegou ao hospital com uma hemorragia grave no cérebro. Três dias depois, os médicos declararam morte cerebral.

Frankielen não tinha mais hipóteses de sobreviver, mas, dentro dela, batiam dois corações: o de Azaphi e o de Ana Vitória.

A gravidez estava apenas no segundo mês, e a equipa médica tinha agora o desafio de manter o corpo da mãe a funcionar para que os dois bebés pudessem sobreviver.

“Precisávamos manter a pressão e a oxigenação adequada, e manter todo o suporte hormonal e nutricional dela”, explicou o médico Dalton Rivabem.

Foi uma gravidez monitorizada 24 horas por dia, e comemorada nos detalhes por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e outros pr

Entre os cuidados diários havia uma ecografia. O principal desafio, contam os médicos, foi o de fazer com que os bebés sentissem o afeto que a mãe não podia dar. Para isso, família e a equipa médica acariciavam a barriga, conversavam e cantavam para os bebés.

“Trouxemos músicas para as crianças: canções de crianças, canções improvisadas, canções que nós fizemos exclusivamente para elas.

A UTI ficou cheia de músicas de amor e afeto”, conta a capelã, e musicoterapeuta Érika Checan.

Para o pai de Azaphi e Ana Vitória, Muriel Padilha, “foi um momento de muita felicidade, dia após dia”. “A minha força vem deles. Da minha esposa, vai ficar a saudade, e tudo o que aprendi neste tempo “, disse Muriel Padilha.

“Nunca estamos preparados para perder um filho. A dor de perder um filho é muito grande. Para uma mãe, é a pior dor. Ela foi uma guerreira, conseguiu dar vida aos filhos dela. Vê-los agora, é lindo”, acrescentou a mãe da jovem, Ângela Silva.

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