Luto! Sandra Felgueiras recorda Miguel Macedo: “Um homem bom…”

Sandra Felgueiras recorreu este sábado, 15 de março, ao seu Instagram para lamentar a morte de Miguel Macedo, comentador da CNN e ex-ministro da Administração Interna do Governo de Pedro Passos Coelho, no dia 13 de março, com 65 anos, vítima de ataque cardíaco.

A jornalista da TVI escreveu: “Hoje [dia 15] despedimo-nos de um homem bom. De um homem que também foi político, mas que era, acima de tudo, filho, pai e marido. Os cargos tendem a desumanizar-nos, e hoje é importante refletirmos sobre isso”.

“O Miguel Macedo não é apenas o ex-ministro ou o ex-líder da bancada parlamentar. É o homem que uma justiça injusta humilhou publicamente e depois absolveu. Absolveu, como se isso lhe devolvesse a reputação e a carreira que tinha. Mas devolveu? Que justiça é esta que castra para sempre um homem bom, impondo-lhe uma pena definitiva mesmo na absolvição? Este é, para mim, um dos maiores pecados do ser humano: julgar sem provas. Simplesmente julgar, sem nunca se colocar no lugar do outro”, acrescentou.

Sandra Felgueiras escreveu ainda: “Quem não me conhece verdadeiramente pensará: ‘Quem é esta que julga tudo e todos e agora apregoa esta moral só porque um amigo seu morreu?’ Enganar-se-ão todos os que se esquecem de que, antes de ser jornalista, sou filha, mulher e mãe. Sei muito bem o que o Miguel Macedo sofreu. Todas as lições que a vida me deu foram de facto lições que aprendi e não esqueço”.

“Jamais faço ao outro o que não gostaria que me fizessem a mim. Não aponto o dedo a quem não tenho absoluta certeza de o merecer. Posso enganar-me, mas, se o fizer, peço desculpa a tempo de evitar danos irreparáveis. Ou, pelo menos, tento. Fi-lo com os McCann. Não diante de uma plateia de dez milhões, mas perante o mundo inteiro. E sinto-me bem com isso”, recordou a jornalista da TVI.

Sandra Felgueiras lembrou: “Pedir perdão é o único gesto que, de facto, nos absolve dos nossos pecados. Espero, Miguel, que encontre a paz que tanto merece. Hoje, o corpo traiu-me e não poderei estar presente no seu último adeus. Mas, para mim, não será um adeus. Recordarei sempre a simpatia, a humildade e a elevação com que sempre conversámos”.

“Que falta nos fazem agora políticos como o Miguel! Que falta nos farão todos os que indecentemente afastámos por inveja e crueldade. Gostaria que o Miguel fosse o último a ser recordado como o homem bom que a justiça destruiu. A justiça deve reparar, não destruir. E quando destrói, a democracia está doente – e temos de a tratar. Todos nós! Até já, Miguel! Ficarei deste lado a rezar por si, recordando para sempre o seu exemplo”, terminou a pivô do ‘Jornal Nacional’.

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