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Luís Osório escreve que Pinto da Costa “morreu quando perdeu as eleições” do FC Porto

Luís Osório despediu-se Pinto da Costa e abordou os “dias difíceis” e “terríveis” após deixar a presidência do FC Porto…

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Luís Osório escreve que Pinto da Costa “morreu quando perdeu as eleições” do FC Porto
Reprodução/Redes sociais

No dia em que foi conhecida a morte de Pinto da Costa, no passado sábado, 15 de fevereiro, Luís Osório partilhou uma edição do ‘Postal do Dia’ sobre a partida do ex-presidente do FC Porto, cargo que assumiu durante 42 anos.

Jorge Nuno Pinto da Costa morreu. Mas não morreu hoje, morreu quando perdeu as eleições e deixou de ser presidente do FC. Porto. Depois de 42 anos e de muitas dezenas de títulos deixou de ter tempo para pensar o futuro“, começou por escrever, sendo que questionou de seguida: “Afinal, o que poderia fazer que substituísse a vida que construiu e lhe ofereceu um propósito?“.

Neste sentido, o jornalista e escritor destacou: “Continuaria a almoçar nos lugares e com as pessoas de sempre? Continuaria a marcar encontros com presidentes e treinadores, com agentes e políticos, com conselheiros e antigos jogadores – almoços conspirativos acompanhados pelo bacalhau da Julinha na Trofa, pelo arroz de frango com ovos estrelados no restaurante da irmã de Reinaldo Teles, o célebre Antunes?“.

Luís Osório apontou também: “Dias difíceis em que o seu carro se enganou por desejar fazer o caminho de sempre, um carro ensinado a ir de olhos fechados para o Olival ou para o Dragão. Dias complicados por ter deixado de poder ir para o seu gabinete, por ter deixado de ver às segundas-feiras a agenda de todas as equipas, masculinas e femininas de todas as modalidades, e de analisar os resultados e de chamar ou telefonar quando as coisas não corriam bem, mesmo que fosse no bilhar às três tabelas ou no halterofilismo“.

Dias terríveis quando a nova época começou. Foi incapaz de gerir o vazio de não ir com a equipa nos jogos fora, de não ir aos fados quando o FC. Porto jogava em Lisboa, de não almoçar nos estágios, de não sentir o balneário. Foi incapaz de gerir o ter deixado de chamar o alfaiate de sempre, o homem que o acompanha há tantos anos e que lhe arranja fatos à medida para os jogos ou dias especiais. Foi incapaz de gerir ter deixado de surpreender funcionários que estivessem a passar por dificuldades ou a falhar objetivos“, pode ler-se.

No momento do adeus a Pinto da Costa, Luís Osório despediu-se do ex-presidente do FC Porto e assinalou por fim: “Jorge Nuno Pinto da Costa despediu-se no Jamor, na última vitória da sua presidência, e de alguma maneira foi aí que morreu sem ter morrido. A notícia de hoje apenas foi um anúncio do que já acontecera. Nunca esquecerei o dia em que me foi ver à Casa da Música no meu monólogo “Ficheiros Secretos”. Nunca esquecerei a conversa que tivemos ao telefone – “Luís, gostei tanto. Só é pena ser benfiquista, mas sabe que tenho muitos amigos benfiquistas, o Luís será apenas o último dos meus amigos benfiquistas”. Adeus, caro presidente“.

Veja em baixo:

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