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Luís Osório ‘analisa’ Maria Vieira: “Muito mais perigosa de que a maioria pensa…”

O jornalista deixou uma reflexão, e explicou porque razão a atriz não deve ser valorizada…

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Luís Osório ‘analisa’ Maria Vieira: “Muito mais perigosa de que a maioria pensa…”
Reproduções/Redes sociais

Luís Osório recorreu à rede social Facebook para partilhar um texto sobre a atriz Maria Vieira, que naquela rede social tem nos últimos anos sido (muito) polémica, e já por diversas vez foi até bloqueada pela empresa de Mark Zuckerberg.

O jornalista usou o seu “Postal do Dia” para fazer uma retrospetiva sobre a vida e carreira da atriz, começando por explicar: “É uma personagem fascinante. Não pelas alarvidades que defende, mas pela sua transformação em alguém que representa o papel dos ressentidos, de porta-voz dos que têm vontade de destruir e dividir. O que se terá passado com Maria Vieira para desempenhar o papel tenebroso de uma mulher que odeia e defende gente sem escrúpulos, gente racista, homofóbica, agressiva e ignorante? “.

Mais à frente no texto, Luís Osório reflete sobre o papel que a atriz representa nas redes: “Estará a representar um personagem?
Acreditará mesmo em tudo aquilo que diz e escreve? Ou, terceira possibilidade, não passa de uma oportunista? Acredito que a hipótese verdadeira é a segunda”, pode ler-se.

E justifica: “Maria Vieira é uma das poucas pessoas que não consigo, com toda a franqueza, explicar com lógica e racionalidade. Porque ela não é uma pessoa qualquer, não é uma atriz qualquer. Teve um percurso importante, trabalhou com algumas das figuras de maior referência na televisão, no teatro e no cinema. Ganhou prémios e foi sempre popular”, afirma o jornalista.

“Sei que muitos o têm desvalorizado, mas é da mais elementar justiça e inteligência reforçar isso. Se Maria Vieira tivesse tido um percurso medíocre, se fosse apenas mais uma a pertencer ao exército dos que nunca tiveram uma hipótese, dos que nunca foram reconhecidos, dos que foram sempre ostracizados e humilhados a explicação seria mais simples. Se fosse uma mulher presa a pequenas coisas, se fosse avessa ao que transcende o seu próprio umbigo compreendia-se”, revela ainda Luís Osório.

“Mas não. Maria Vieira teve papéis marcantes. Foi aplaudida toda a vida. Escreveu livros de viagens e conheceu dezenas de países.Conheceu pessoas muito interessantes, trabalhou com gente tolerante, talentosa e marcante”, sublinha o jornalista que atira depois: “É por isso que Maria Vieira não pode ser desvalorizada”, pode ler-se.

O jornalista revela depois que Maria Vieira tem sido um “instrumento” da extrema direita em Portugal: “Porque é um elemento central de uma estratégia de extrema-direita. De uma estratégia que começa a ser replicada no mundo, que nos começa a contaminar. Há milhares de pessoas que a seguem, mesmo que seja para dizer mal. As suas opiniões são replicadas em páginas trabalhadas para criar um efeito de contágio, de contaminação, de caos”, pode ler-se.

“Não importa se ela diz coisas inomináveis. Importa apenas que há milhares de pessoas que se sentem representadas neste festim onde apenas pode entrar quem deseja fazer parte de um novo mundo e destruir este”, revela ainda o jornalista que explica depois porque razão não desvaloriza Maria Vieira.

“Ela fala para um público sedento do seu sangue. Está a cumprir um papel. Admira-me que passe despercebida e seja tratada como se fosse apenas uma maluquinha. Não me parece que seja… parece-me antes ser o bobo de uma nova corte. O seu papel passa por dizer o que Ventura, o seu líder, não pode dizer. Uma espécie de grilo falante que incendeia os ânimos com a sua raiva e indignação”, pode ler-se.

E concluiu revelando porque razão Maria Vieira deve ser “valorizada”: “É muito mais perigosa do que a larga maioria das pessoas pensa. É gozada, insultada, menorizada. Mas eu não a quero gozar, insultar, menorizar. Quando a olho vejo-a nas suas botas da tropa. Uma mulher que deve ser combatida, travada e derrotada. Porque de outra forma, em algum momento, o exército onde serve terá cada vez mais soldados prontos a matar e a morrer”, concluiu o jornalista.

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