Luís Mascarenhas confessa: “Tenho que trabalhar, não vivo com 500€ de reforma…”

Nesta terça-feira, dia 2 de maio, Luís Mascarenhas foi um dos convidados de Manuel Luís Goucha no programa “Goucha”, da TVI. O ator recordou a carreira profissional e ‘abriu o coração’ para falar sobre aspetos da vida pessoal.

Durante a conversa, Luís Mascarenhas revelou que a sua paixão pela representação surgiu ainda na infância: “ Com seis, sete anos, as pessoas adoravam que contasse anedotas” e na escola “fazia facilmente quadras populares”.

Em 1967 iniciou a sua carreira profissional na área da representação, sendo que se estreou com uma peça de teatro infantil no Teatro Monumental: “Gosto muito de fazer teatro, gosto de fazer televisão. Entrei na televisão ainda era a preto e branco. Fazia pequenas participações, era um ator secundário, de maneira que dava, muitas vezes, para estar a fazer três coisas ao mesmo tempo, enquanto um protagonista só fazia uma”, recordou.

Um dos momentos mais marcantes da sua carreira foi quando participou nos “Malucos do Riso”, da SIC. O ator acredita ter sido sido muito bom “pela popularidade e pela quantidade de trabalho variadíssimo” que realizou desde esse momento.

Foi no seguimento desta conversa que o ator mostrou a sua indignação pela falta de oportunidades na representação para os mais velhos: “Já conheci essa coisa da falta de trabalho, que é horroroso e posso dizer que há muito mais falta de trabalho agora, embora haja muito mais coisas do que havia quando eu comecei. Quando comecei no teatro, atores em Portugal devíamos ser para aí 300, agora, acho que somos para aí cinco mil”, começou por dizer.

“Por outro lado, há uma coisa que eu vejo: Não há lugar para velhos! Claro que me revolta saber que não tenho trabalho e não tenho dinheiro, porque o que eu gostaria mais que me acontecesse na vida era, de manhã, quando acordasse, não ter de me preocupar com a tenda da casa (…) Tenho vontade de trabalhar, mas tenho, sobretudo, é que trabalhar, porque eu não vivo com 500 euros da reforma… nem eu nem nenhum dos meus colegas”, destacou.

Mais recentemente, o ator fez uma pequena participação na novela “Festa é Festa”, da TVI, sendo que o último papel de maior destaque que realizou foi em 2016 na RTP.

“Causa-me uma certa revolta, uma certa mágoa e uma certa tristeza! Com certeza, sou capaz de ter cabimento em alguma coisinha destas… não me chamam porquê? Estou à vossa disponibilidade! É só ligarem para mim”, terminou.

Veja aqui a entrevista.