Luís Borges reflete sobre sexualidade e lembra frase do pai: “Não tenho paneleiros na família…”

Luís Borges foi um dos comentadores presentes no “Big Brother-Extra” desta segunda-feira, 15 de março.

A dada altura, e quando comentavam o banho de espuma entre os concorrentes Bruno Savate e Edmar, o manequim decidiu refletir sobre a homossexualidade e a forma como ela ainda é vista pela sociedade, com preconceito.

“Eu e o Crispim somos homossexuais e acho que às vezes às pessoas têm realmente que se pôr no lugar das outras e muita gente ataca-me a mim e ao Crispim porque nos vêem na televisão e dizem: ‘Olhem aqueles paneleiros, aquelas bichas’, mas eu realmente gostava que elas passassem 24 horas da nossa vida e quando tínhamos para aí 17 anos”, começou por referir.

Luís Borges lembrou depois a fase em que, com 18 anos, teve muita dificuldade em assumir a sua sexualidade perante a família e os amigos, quando ainda vivia em Castelo Branco:

“Eu não me conseguia assumir e vivia preso no meu corpo e não podia falar com os meus pais, com os meus irmãos, com os meus amigos. Porque ia ser gozado…quando vim para Lisboa, realmente, voei. Eu comecei a ser o Luís Borges”, desabafou.

Mostrou-se triste com o facto de alguns pais não aceitarem os filhos como eles realmente são, lembrando a frase que ouviu do progenitor:

“Isto é o que me  deixa mais triste (…) os pais que não apoiam os filhos. O meu pai disse uma vez isto em casa, por isso é que eu nunca me assumi, que “eu não tenho paneleiros na família” e dizeres isto a um filho é muito duro. Quando vim para Lisboa decidi não continuar mais com uma mentira”, contou.

Luís Borges deixou depois uma mensagem a todos os adolescentes que sentem medo ou vergonha de assumir a sua sexualidade:

“Portanto (…) eu acho que o miúdos  que me mandam mensagem, eles deviam ter a coragem para se assumirem, porque pai é pai, mãe é mãe, nós achamos sempre que não nos vão compreender, mas no fundo eles são sempre os nossos melhores amigos (…)”.

Ora veja.