Judite Sousa recorda episódio marcante após falecimento do filho: “Sentia que estava morta por dentro…”

Judite Sousa recorreu às redes sociais para recordar um momento, ocorrido em 2019, que a marcou negativamente num momento em que ainda se encontrava de luto pelo falecimento do filho, André Sousa Bessa. Na altura, a jornalista estava a trabalhar na TVI.

“Em 2019, no Jornal das 8 da TVI, entrevistei a propósito da criança Matilde que precisava de um medicamento que só existia nos Estados Unidos, o presidente do conselho de administração do hospital Garcia de Horta em 2014″, começou por escrever na legenda da publicação.

A antiga pivô ainda revelou: “A meio de um jornal, em direto, aquilo que ele me contou veio confirmar as minhas piores suspeitas. A pessoa em questão está jubilada, mas está viva. ‘Sabe, os seus colegas fizeram uma grande pressão sobre os médicos’. Queriam ser os primeiros a dar a notícia. Conto esta situação no meu livro “Pedaços de Vida“.

No seguimento deste assunto, a jornalista confessou que teve de deixar as suas obrigações profissionais, uma vez que estava a passar por uma grande depressão: “Não contei nada a ninguém. Vivi aquele momento em silêncio e deixei de cumprir com as minhas obrigações profissionais. Já não eram muitas, mas de qualquer forma tinha obrigações. Passei a chegar à TVI às três da tarde e a vir-me embora pouco tempo depois. Sentia que estava morta por dentro. Sentia-me um vegetal. A empresa concluiu que tinha deixado de ser um ativo, e eu própria cheguei à conclusão de que já não estava a fazer nada. Tudo tinha perdido sentido”, afirmou.

“À pergunta quem eu sou, respondo com a verdade: “ uma mulher que escreveu um livro e que o está a comunicar que é o que fazem os autores, as pessoas que escrevem livros”, terminou.

Rapidamente a caixa de comentários da publicação encheu-se de mensagens de apoio por parte dos internautas: “Mau demais, Judite. Vem dar razão às minhas dúvidas quanto à qualidade da atual comunicação social. Parabéns por dizer tudo, sem medo. Fez bem em sair, mas fazem muita falta pessoas como a Judite na nossa triste comunicação social. Beijinho e muita força”, ou “A verdade! É preciso coragem”, “Verdade! Estava lá nesse dia e nesse momento. Estivemos juntas nesse intervalo Lembro-me como se fosse hoje”, são alguns dos exemplos.

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