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Jovem adota idosa sem família, e que vivia num hospital há mais de 50 anos

Há dois anos, a unidade de saúde fechou e Cotinha teve de ser transferida para um abrigo. Glaucia, com pena da senhora, acolheu-a em sua casa e cuidou dela como se fosse sua filha, mesmo estando desempregada…

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Jovem adota idosa sem família, e que vivia num hospital há mais de 50 anos

Glaucia Gomes tem 29 anos e conheceu Cotinha, uma senhora idosa e sem família, quando arranjou emprego no Hospital Beneficiência Portuguesa, em São Paulo, onde a idosa morava depois de sofrer um acidente em Araraquara, São Paulo.

Há dois anos, a unidade de saúde fechou e Cotinha teve de ser transferida para um abrigo. Glaucia, com pena da senhora, acolheu-a em sua casa e cuidou dela como se fosse sua filha, mesmo estando desempregada.

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A história foi agora divulgada pelo G1. A cuidadora, Glaucia, assinou um termo de responsabilidade por Cotinha (o nome é uma alusão a Cota, apelido comum da época, semelhante a Maria). Atualmente, vivem quatro pessoas na mesma casa: a cuidadora, a sua filha, Cotinha e o marido, Fabio Hermínio, que embarcou no desafio em janeiro de 2016.

“Qualquer pessoa com sentimento faria a mesma coisa, porque quem tem bom coração não a deixaria lá. Ela ficou abandonada no hospital, a polícia cumpriu ordem de busca e levou-a para o abrigo. A Cotinha ficou perdida, sem ninguém conhecido, a boneca dela não estava com ela. Quando fui visitá-la, falei que voltaria para a levar para casa. Eu não sei rezar, mas naquele dia rezei. Uma hora depois, ligaram para saber se eu queria ficar com ela…”, conta Glaucia ao Extra.

Ao juiz, que questionou a sua atitude, Glaucia respondeu: “Se eu abrir mão dela para um abrigo, quem vai falar por ela?”.

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Três meses do sucedido, duas sócios de uma casa de repouso souberam da história de Glaucia e ofereceram-lhe emprego. “Deus mostrou-me o caminho”, reconheceu a paulista. O casal arranjou, então, o quarto de Cotinha e ficou grato pela nova oportunidade que lhe estava a ser dada.

“Acho que trato a Cotinha como qualquer outra pessoa tratava, nem melhgor nem pior. Apenas não lhe virei as costas. Na altura em que que o hospital fechou, as pessoas não quiseram cuidar dela. Eu não me esqueci dela, fui ter com ela. E vejo que ela é grata por isso. Quando ela viu o quarto dela, abraçou-me e disse: ‘Tadinha’. Ela acha que ‘tadinha’ é amor. Quando lhe fui dar banho, abraçou-me, de novo, em forma de agradecimento”, diz Glaucia ao extra.globo.com.

Apesar da família viver de forma modesta, com os ordenados baixos de cuidadora e estafeta, do marido, muitas vezes os ordenados não cobrem as despesas e Glaucia acaba por pedir doações, em especial para comida, que possam viver com mais tranquilidade.

Como foi Cotinha parara ao hospital?

Cotinha tinha apenas 12 anos quando ela e o irmão, com 4, foram atingidos por um camião. O irmão morreu e Cotinha foi transferida para uma unidade de Cuidados Intensivos. Com o acidente, sua perna ficou torta e a alegada patologia mental que Cotinha já teria ficou agravada. A fala, começou a ser desenvolvida apenas há dez anos e todo o seu desenvolvimento é feito como de forma semelhante a uma criança.

A comida da Cotinha tem de ser batida e ela não pode comer tudo… Ela chama-me ‘mãe’ e diz ‘papá’ quando vai comer. Dantes, nem tentava falar, só trabalhava. Comunicamo-nos por gestos. Trato-a como se fosse minha filha. Não me dá um pingo de trabalho e até me avisa quando a vai fazer arte…Toma banho sozinha e dorme. Deixo coisas feitas para ela comer. Mas tende a piorar. Por causa da perninha torta, tem dificuldade a andar. Mas ela é tão saudável! Não toma um único medicamento!”, finaliza Glaucia.

Um feito notável! Partilha esta bonita história de coragem…

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