José Raposo recorda Luís Aleluia e confessa: “Foi algo inesperado e muito dramático…”

Nesta sexta-feira, dia 22 de setembro, José Raposo marcou presença no programa “Dois às 10”, da TVI, para falar acerca do espetáculo que vai decorrer no próximo sábado em homenagem ao falecido ator Luís Aleluia, que faleceu há cerca de três meses.

Enquanto falava do espetáculo, o ator acabou por falar sobre o falecimento repentino de Luís Aleluia, que foi encontrado sem vida na garagem no passado dia 23 de junho: “É muito complicado. Porque, como vocês sabem, foi algo inesperado e muito dramático. É um choque para toda a gente, foi o que foi. Ainda é difícil de digerir uma situação destas, porque nada fazia prever”, começou por dizer.

José Raposo ainda elogiou a carreira do ator: “O Luís foi muito bom ator em tudo isso, porque ninguém percebeu, de facto, nem a mulher, a Zita, que ele poderia estar num estado tão deprimido. Ele dava a entender que estava tudo bem, fazia isso muito bem. No próprio dia, ele esteve na Casa do Artista, com os residentes, sempre com aquelas piadas dele. Era um repentista, era muito engraçado, era naturalmente engraçado o Luís”, afirmou.

“Depois do ‘Menino Tonecas’, que foi o êxito que foi, teve ali uma travessia do deserto incrível. Mas esse é um fenómeno estranhíssimo, que acontece muito com os artistas. Para mim, não faz sentido nenhum. Não é caso único. O Luís era um ator versátil. Eu vi o Luís fazer vários registos. Ele era fantástico. Outra coisa que acho que é de louvar é o facto de ele descentralizar, sem dúvida, o teatro. Durante anos, durante esse deserto que ele atravessou, ele pegou numa companhia e andou pelo país todo, sem apoios de Estado. Foi ele que investiu, com sócios, inclusivamente, a Zita, a mulher, e chamava para o grupo dele atores que não estavam a ser chamados também, que não estavam a trabalhar e que tinham muito talento”, recordou.

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