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Itália é o primeiro país ocidental a oferecer “licença menstrual” remunerada
A Itália pode tornar-se no primeiro país ocidental a adotar a política de “licença menstrual” para mulheres.
Segundo o Independent, o parlamento italiano está a discutir um projeto de lei que obriga as empresas a concederem três dias de folga, remunerados, todos os meses, para funcionárias que têm dores menstruais fortes.
A mudança, a concretizar-se teria um enorme impacto na vida de milhares de mulheres que lidam com cólicas debilitantes, e que geralmente as leva a faltar ao trabalho todos os meses, mas com recurso a atestados médicos.
China, Japão, Coreia do Sul e Zâmbia atualmente têm leis similares e, algumas empresas como a Nike também introduziram uma política semelhante para as suas funcionárias.
Apesar de alguns classificarem a iniciativa como “um estandarte do progresso e da sustentabilidade social”, há quem acredite que o projeto pode penalizar as mulheres, num mundo onde elas já estão a lutar por direitos no trabalho.
“Se as mulheres recebessem dias extras de licença remunerada, os empregadores poderiam tornar-se ainda mais orientados para contratar mais homens do que mulheres”, escreveu Lorenza Pleuteri, da revista Donna Moderna.
A Itália tem uma das taxas mais baixar de participação femina na força de trabalho de toda a Europa. Apenas 61% das italianas estão empregadas, bem abaixo da média europeia de 72%.
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