Irmã de Miguel Bravo desabafa após detenção: “Tornou-se alguém que deixei de conhecer…”

O cantor Miguel Bravo, de 21 anos, foi detido na noite do passado sábado, dia 20 de julho, no preciso momento em que se preparava, no camarim, para dar um concerto nas Festas do Porto Alto, em Benavente.

Miguel Bravo é suspeito da prática de três crimes de abuso sexual e outros três de pornografia de menores e terá aliciado uma criança, de 12 anos, a quem pediu imagens e vídeos e trocou mensagens de cariz íntimo e sexual que a mãe da vítima descobriu e denunciou.

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Na sequência da detenção do cantor, a irmã de Miguel Bravo partilhou um desabafo nas stories da rede social Instagram: “É sobre erros. É sobre pedidos de ajuda que muitas das vezes passam-nos despercebidos. É sobre querer dar a mão e a pessoa estar tão consumida que não entende a gravidade. O Miguel tornou-se alguém que deixei de conhecer. A suposta fama iluminou-o, mas a mesma ofuscou-o“, começou por escrever.

“Deixou de ser o miúdo humilde, cativante, bom amigo, para procurar ser falado em tudo o que é sítio. O Miguel tornou-se o seu pior amigo, sem dar conta, sem aceitar qualquer tipo de ajuda. A falta de maturidade prejudica-o. Falta-lhe os pés bem assentes no chão. Uma perspetiva de futuro e a certeza de que para se ter amigos não temos que lhes oferecer dinheiro. Assim como pagar tudo e mais alguma coisa“, pode ler-se.

“O Miguel faz o que gosta, que sorte ele tem e não a valoriza. O Miguel ganha o que muito de nós teremos que trabalhar alguns meses para conseguir ganhar, mas perde a noção do valor do dinheiro e o mesmo virou um simples papel e fácil de alcançar. O Miguel não erra por desculpas, porque nada apaga os erros cometidos, assim como a gravidade. Erra ao precisar de ajuda e ficar silêncio. O erro custa caro por vezes e o Miguel terá todo o tempo para entender isso“, acrescentou Raquel Bravo.

“Errar é humano, dedos que apontam nunca serão os mesmos que irão ajudá-lo. Vivemos na era em que julgar em praça pública é grátis, esquecendo que somos filhos, pais, tios, primos e por aí fora. Esquecendo que dentro de nossas casas não existem contos de fadas. Ninguém tem uma vida limpa e perfeita, mas ainda assim seremos os primeiros a atirar pedras. O Miguel é meu irmão e, com ou sem erros, aceitando ou não, continuará a sê-lo“, finalizou a irmã de Miguel Bravo, que já se dirigiu ao Tribunal para ficar a conhecer as medidas de coação.

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