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Inês Herédia ‘perde a paciência’ e deixa mensagem ao Governo: “Absolutamente vergonhoso”
Inês Herédia dirigiu-se aos “decisores políticos” e foi muito “aplaudida”: “Deixem-nos por favor, fazer o nosso trabalho…”, apelou.
Inês Herédia recorreu, na tarde desta terça-feira, 24 de agosto, à sua conta de Instagram, para se insurgir contra as novas regras de desconfinamento em Portugal, sobretudo em relação à Cultura, já que os eventos culturais passam agora a ter o limite de ocupação de 75% da lotação.
Assim, e num longo texto, dirigido ao Governo, a atriz ‘não se calou’ e deixou algumas críticas:
“Caros decisores políticos deste país, apanharam-me num dia não, por isso aqui vai. O que se está a passar relativamente à cultura neste país é absolutamente vergonhoso, repugnante e ainda por cima descarado”, começou por escrever.
Inês Herédia destacou então o facto de, a partir de agora, os espetáculos terem uma lotação de 75%, sublinhando contudo um outro pormenor:
“(…) Obrigada pela caridadezinha, mas a verdade, que se esquecem de pôr nas gordas, é a seguinte: a ESMAGADORA maioria das casas deste país, não pode vender salas a 75% porque os Exmos Srs se esqueceram de atualizar a NORMA da DGS que pressupõe uma cadeira de distanciamento. Não é preciso ser perito em matemáticas para perceber que se continuamos assim, não se avança na % de lotação em quase nenhuma sala”, considerou, visivelmente irritada com a situação.
“Os transportes públicos podem ir com lotação máxima, sem serem higienizados, sem cadeiras de intervalo, sem distinção entre pessoas em pé e pessoas sentadas; nos restaurantes, as pessoas podem jantar umas com as outras sem máscara mesmo NÃO SENDO co-habitantes; sem entradas e saídas organizadas. Porra”, acrescentou depois, mostrando-se perplexa.
“Porque não nos deixam vender casas cheias, as pessoas estão de máscara caramba!”
Inês Herédia salientou que, a serem cumpridas todas as normas, os eventos culturais são super seguros e deixou, no final, um apelo:
“Porque não nos deixam vender salas cheias se somos o único setor com entradas e saídas organizadas, por fila, ordeiramente, em espaços em que as pessoas nunca tiram as máscaras, e nem sequer estão a falar umas com as outras (…). Até nos aeroportos vale tudo. Deixem-nos por favor, fazer o nosso trabalho, ao mesmo tempo, com os mesmos direitos e com os mesmos deveres que os restantes setores. É tudo demasiado triste, injusto e insustentável”, terminou.
Leia aqui o texto na íntegra:
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