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Governo seleciona investidores para propostas definitivas à compra da CGD Espanha e África do Sul
Governo selecionou os investidores que podem avançar para a compra das operações da CGD em Espanha e na África do Sul, através da apresentação de propostas vinculativas.
Lisboa, 14 jun (Lusa) — O Governo selecionou hoje os investidores que podem avançar para a compra das operações da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Espanha e na África do Sul, através da apresentação de propostas vinculativas, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.
“O Conselho de Ministros aprovou hoje as resoluções que determinam a seleção dos potenciais investidores admitidos a participar na fase subsequente do processo de alienação de ações detidas pela Caixa Geral de Depósitos”, lê-se na informação divulgada, que acrescenta que os selecionados agora “serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas”.
Em 24 de maio, o Governo tinha aprovado os cadernos de encargos com as condições para a venda dos bancos Banco Caixa Geral, em Espanha, e Mercantile Bank, na África do Sul.
Já na passada terça-feira (12 de junho) foram conhecidas as condições que o Governo definiu para as vendas, segundo um diploma publicado em Diário da República, ficando a saber-se que será dada preferência a compradores que assegurem a continuidade do relacionamento com a comunidade portuguesa radicada nesses países ou clientes com ligações especiais a Portugal.
Com a aprovação de hoje em Conselho de Ministros o Governo dá mais um passo para a concretização destas vendas. Contudo, o comunicado dá poucos pormenores sobre os processos em causa, nomeadamente sobre quem são os investidores interessados em ficar com os bancos da CGD em Espanha e África do Sul.
A redução da operação da CGD fora de Portugal – Espanha, África do Sul, França e Brasil – foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.
No início de junho, o presidente não executivo da filial em Espanha da CGD, Francisco Cary, disse em entrevista ao jornal espanhol Espansión que o banco deve ser vendido antes do verão e que o Governo já recebeu a lista das “três ou quatro” propostas favoritas, a maioria de bancos espanhóis.
Em Espanha a CGD detém uma rede comercial de 110 balcões e mais de 500 trabalhadores.
Sobre a venda do banco na África do Sul, em março de 2017, quando essa intenção foi conhecida, representantes da comunidade portuguesa disseram à Lusa que essa decisão revela que Portugal somente se interessa pelas remessas dos emigrantes. Na África do Sul vivem cerca de 400 mil portugueses e lusodescendentes.
IM (VP) // MSF
Lusa/Fim
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