Comunicado de Jorge Dias, marido de Jandira Dias:
“Julgamentos na praça pública é mau demais e quando não se liga à presunção de inocência, pior ainda. Eu sempre tratei a minha esposa com o maior respeito e carinho e admiração (a minha família e a família dela conhecem-me bem) pela evolução ao longo destes mais de 4 anos que temos de casados. Dei tudo de mim em prol dela dentro das minhas possibilidades.
Trabalhei com suor e lágrimas para comprar tudo o que a Jandira precisava. Ela veio de um meio humilde e ajudei-a a ser uma grande mulher com muito orgulho. Mas todos os casais têm problemas e uma pandemia pelo meio, não ajudou nada. Os nossos caminhos não foram fáceis devido à cultura e falta de entendimento léxico em muitas situações. Mas sempre fui cuidadoso, atencioso e formador para que ela aprendesse tudo sobre o nosso país (embora nem sempre bem compreendido de ambas as partes, o que era normal).
Quanto aos verdadeiros motivos para que eu tivesse pedido para a Jandira sair do programa Big Brother – Desafio Final (e eu é que a incentivei a ir) foram: ‘Precisávamos urgentemente de tratar de novos documentos oficiais da Jandira, por estarem caducados; tive uma proposta de emprego no estrangeiro e preciso de aprender uma nova língua. Enquanto isso, estando nós os dois (coletados nas finanças) mas com pouco trabalho desde dezembro, precisava que a Jandira saísse para que um de nós pudesse sustentar a casa (ela com maquilhagens e/ou eu com formações). O meu pai vai ser operado à coluna e à vista e assim como a minha mãe, vão precisar da nossa ajuda. Devido ao rumo que o programa estava a seguir, com muitas polémicas (a Jandira até se questionou duas vezes sobre o que estaria ali a fazer e segundo um colega, ela chorava pelos cantos da casa e WC, e eu não queria que ela passasse por uma nova depressão – tal como a que teve após a morte da mãe). Outra situação não menos remota mas incerta, é a possível venda da minha casa do meu anterior casamento, precisando assim de mudar de residência se se concretizar o negócio. Nenhum programa de TV pode substituir a família quando mais se precisa de alguém importante que está ausente.
Todas estas situações, aliadas a estar sozinho 15 dias, com crianças menores e com 3 a 4 horas de sono diárias, deixaram-me completamente exausto física e mentalmente (os meus filhos acordavam quase todas as noites a chorar pela mãe) e eu mal podia dormir. E ainda estiveram os dois adoentados com idas ao hospital já com a Jandira dentro da casa. Eu insisti com o programa para ela sair, mas ela era soberana e sempre deixei vincado que a decisão era dela em sair mas que ela pesasse obviamente os prós e contras e pensasse na minha sanidade mental e das crianças“.