Fernando Correia lamenta afastamento da televisão: “Não é bonito, a ingratidão dói sempre…”

Manuel Luís Goucha recebeu o jornalista Fernando Correia no seu programa de ontem para uma conversa recheada de histórias sobre o seu percurso profissional em vários meios de comunicação nacionais.

Depois de receber uma mensagem especial de Júlio Isidro, que mencionou a “antiguidade” associada à profissão e os “cabelos brancos“, o jornalista ‘abriu o coração’ em direto: “Não quero parecer lamechas, que é uma coisa que eu não sou. Tenho o meu ego, tenho uma vida profissional bonita, tenho uma vida extraprofissional bonita e quero continuar assim. E estou a escrever e hei-de continuar para que o meu cérebro não deixe de funcionar“, afirmou.

Ao recordar o seu percurso profissional, Fernando Correia não deixou de lamentar a forma como foi afastado da televisão: “Mas tenho muita pena que Portugal não considere, como diz o Júlio Isidro, os cabelos brancos. Tenho muita pena porque não faz o mesmo que os Estados Unidos, não faz o mesmo que a Inglaterra, que o Brasil, que a Espanha. Em Portugal é assim: estás com cabelos brancos ou já ultrapassaste o teu prazo de validade no nosso conceito, és arrumado a um canto! Isso dói, isso magoa. Doeu muito, ainda dói por várias razões“, referiu.

De igual forma, o jornalista acabou por lançar críticas sobre a forma como deixou de fazer televisão: “Há uma delas que se chama consideração e receberes um telefonema no teu telemóvel a dizer que o teu contrato foi rescindido não é, de facto, a melhor maneira de te agradecer de teres sido fundador da TVI 24, por exemplo, e de ter feito um percurso desde 2004 até há um ano e meio, dois anos atrás. Não é bonito, dói profundamente, a ingratidão dói sempre. Não estava preparado, achava que tudo aquilo que eu tinha feito merecia uma outra resposta, uma outra consideração e uma outra maneira de dizer adeus“, concluiu.