Segue-nos
PUBLICIDADE

Famosos

Fernanda Serrano recorda momentos difíceis da infância: “Lembro-me de ouvir a minha mãe a chorar a dizer que a comida acabara…”

“Na nossa casa não havia fartura nenhuma, nem de coisas essenciais…”, revelou a atriz no seu mais recente livro.

Publicado

em

Fernanda Serrano recorda momentos difíceis da infância: “Lembro-me de ouvir a minha mãe a chorar a dizer que a comida acabara…”
Reprodução Redes sociais

Nesta quarta-feira, dia 15 de novembro, Fernanda Serrano celebrou o seu 50º aniversário com o lançamento do seu livro, intitulado “Não Há Vidas Perfeitas”, uma autobiografia onde aborda as suas experiências desde a infância até aos dias atuais.

Na obra, a atriz descreveu as dificuldades financeiras que a sua família enfrentou durante a sua infância: “Se os meus pais não fossem trabalhar, esses dias eram descontados no seu ordenado, o que, para a nossa realidade económica de então, não podia acontecer. Já vivíamos com dificuldades, mas, se houvesse cortes nos salários, o final do mês, sempre tão esperado lá em casa, seria ainda mais complicado”, pode ler-se numa passagem do livro.

A artista revelou que o pai era serralheiro mecânico e a mãe prensadora fabril e que ambas as profissões eram “duras e mal pagas”.

PUBLICIDADE

Na nossa casa não havia fartura nenhuma, nem de coisas essenciais. Hoje, trabalho muito para que nada falte aos meus filhos, para que tenham sempre refeições saudáveis, para que todos os dias comam peixe, carne, legumes e fruta. Não tive a mesma sorte. Eram tempos muito difíceis e diferentes. Tínhamos o básico e comíamos muitos enlatados, muita comida alentejana, muita sopa e muito pão”, acrescentou Fernanda Serrano.

A atriz de 50 anos destacou que em sua casa “tudo era contido e nada se desperdiçava” e ainda recordou um momento emotivo: “Um dia, era eu muito pequena, devia ter para aí uns sete anos, lembro-me de estar no meu quarto e ouvir a minha mãe a chorar e a dizer que a comida acabara e que não tinha dinheiro para ir ao mercado”.

“Daquela vez, tinham ficado os dois sem receber. Desconheço como é que a minha mãe resolveu o problema. O que sei é que ela devia saber como se fazem milagres, porque nunca ficámos sem uma refeição. Havia sempre qualquer coisa, e, se não a tivesse ouvido tão desesperada, nem teria percebido quão grave era a situação. A minha mãe lá arranjava maneira de servir sempre qualquer coisa”, terminou.

PUBLICIDADE

TRENDING