Fazia culto do corpo, inverteu a lógica do ‘antes’ e ‘depois’, e hoje diz que é muito mais feliz!

Vivemos uma era em que os padrões de beleza fogem à realidade, integrando-se num quadro de perfeição onde nada pode falhar e em que, por isso mesmo, muitos de nós desesperam para corresponder à expectativas. O que, muitas vezes, se esconde é o martírio que muitas pessoas atravessam para que os seus corpos correspondem a tais padrões de beleza.

As fotos do Instagram e do Facebook escondem, quase sempre, histórias de dor e sofrimento, de frustração e de riscos perigosos para a saúde física e mental.

Jolene Jones era fisioculturista e detentora de um corpo de fazer inveja: quase zero por cento de gordura e muito músculo! O que não se via nas fotos era a sua profunda tristeza…

Depois de desistir do fisiculturismo e de ganhar 12 kg, decidiu mostrar as fotos do ‘antes’ e ‘depois’ na internet, revelando um lado mais feliz de si própria.

“De fisiculturista para apaixonada pelo corpo. Esta não é a típica foto de transformação. Passei de uma pessoa controlada pelo meu penoso regime de ginástica, pelo facto de ter de pesar a comida e ter de andar com shakes de proteína na carteira para passar a desfrutar completamente de uma vida social. Algumas pessoas podem dizer-me que deixei de me cuidar, mas não é possível associar um preço à felicidade. Eu chamo a isto encontrar-me e perceber que posso ter mais paixão pela vida, seja a caminhar pelo Glacier Park, seja a beber uma cerveja com os meus amigos. Uma barriga lisa não me fazia feliz. Nunca era o suficiente e eu sempre tinha de melhorar. Hoje eu vou fazer raft com os meus amigos e desfrutar de comidas pelas quais dantes salivava, mas não tinha coragem de tocar.

O nosso corpo é, quase que literalmente, a única coisa que carregamos por esta vida fora, mas o nosso valor e a nossa alegria não se medem conforme os pesos que conseguimos levantar ou pelo que diz a balança. O meu valor é medido pelas pessoas que tenho à minha volta e pelo sorriso no meu rosto.”