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Enfermeira indignada: “6,42 euros/hora é o que querem pagar […] Vão à mer**…”

A enfermeira do hospital de Évora denuncia o valor oferecido “a quem vai salvar a vossa vida”…

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Enfermeira indignada: “6,42 euros/hora é o que querem pagar […] Vão à mer**…”
Pixabay Image by David Mark from Pixabay

Carmen Garcia, enfermeira no Hospital do Espírito Santo, em Évora, partilhou um desabafo no Facebook sobre o valor oferecido pelo governo para contratos de quatro meses de duração para o Serviço Nacional de Saúde.

Indignada com o valor oferecido, Carmen Garcia fez um relato pungente que ficou viral nas últimas horas:

“No meio dos aplausos da pandemia, no momento em que somos chamados de heróis, quando nos dizem que somos os soldados da linha da frente e a ultima fronteira entre a vida e a morte, o governo tenta recrutar enfermeiros com a vergonhosa proposta de pagamento de 6.42€/hora. Vou repetir porque vocês podem não ter percebido bem: são seis euros e quarenta e dois cêntimos por cada hora de trabalho no meio do inferno de onde todos querem fugir”, começa por escrever a profissional de saúde.

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E continua: “Seis euros e quarenta e dois cêntimos por turnos de doze horas enfiados em hospitais de campanha, metidos em fatos assustadoramente desconfortáveis, com máscaras e óculos que ferem o rosto. Seis euros e quarenta e dois cêntimos para não dormir em casa e não ver os pais nem os filhos durante semanas que se podem transformar em meses. Vão à merda. Vão todos à merda”, atira Carmen Garcia.

“Diz a ministra que o valor base de um enfermeiro em início de carreira é 7.42€. E diz isto sem corar de vergonha, reparem. Como se não fosse absolutamente vergonhoso ter quem nos cuida a receber por hora o mesmo que uma empregada doméstica. E mesmo assim ainda conseguiram retirar um euro a este valor, na proposta mais vergonhosa que me lembro de ler.”, revela.

“Seis euros e quarenta e dois cêntimos por hora é o que querem pagar a quem vai salvar a vossa vida. É quanto o governo decidiu que vale a primeira linha, a última fronteira. Não sei se estão a pensar pagar o resto em palmas ou com palavras bonitas. Por mim, podem ir à merda. Podem ir todos à merda”, conclui.

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